Quando vi o filme Titanic confesso que não apreciei, por aí além, a história...
Gostei, no entanto, de di Caprio e de Kate Winslet... Dois jovens belos e promissores.
O tempo deu-me razão. São dois grandes actores.
Esta música que aqui deixo é, somente, para recordar esse momento em que fui ver o filme.
Lembro-me de que estava muito apaixonada, por quem estava comigo nessa noite. E esse foi o motivo para irmos ver um filme, que a ambos disse muito pouco. As nossas exigências eram de outro grau... Mas...
As paixões são assim mesmo. Fazemos as coisas mais impensáveis com uma enorme disponibilidade de alma.
Para nós foi só um filme mais; um motivo para estarmos juntos.
Que fazes com as tuas noites? Dormes? Sonhas? Amas? Odeias? Lamentas? Lamentas-te?...
- Ou, pelo contrário, as tuas noites são dias? Vives ao invés do Mundo, em geral?
Eu adoro a noite! Adoro o silêncio da noite! Amo sair e gosto de estar em casa...
- Mas, por vezes, muitas vezes, tenho insónias!
E fico raivosa e fico sem gosto algum pela noite, nessas noites.
Mas também tiro proveito da insónia; como deves calcular:
- Leio; escrevo; vejo filmes e, mais importante que tudo, "faço filmes"!
Podes acreditar, que é verdade. São filmes com final feliz. Daqueles que começam assim:
- "Era uma vez, uma menina e um menino; e depois deram muitos beijinhos; e foram muito engraçados; e foram muito espertos para sempre!...
E dormem pouco."
PS: Esta música que te deixo, fala de qualquer coisa de que gostas e que tem que ver com as noites sem ninguém que nos acarinhe; e de quem temos falta e saudade...
Já te aconteceu?
- Claro. Todos, de vez em quando, sentimos a falta de alguém, que amámos - quando a noite acontece; e nos sentimos sós e inseguros.
"La Nuit" é uma canção romântica, que fez partir muitos corações de pedra e os transformou em torrões de açúcar.
Como tens o teu coração neste momento? Em pedra? De açúcar?...
- Vá! Cuida-te bem.
As noites não são só para dormir...
Havia, agora, um tempo em nós, de muita esperança no nosso futuro!
Estávamos no inicio de uma nova etapa nas nossas vidas agitadas.
- Tu, sempre a viajares, entre vários continentes, quase nunca estavas comigo, a não ser para vires trocar de mala e me dares uns beijos apressados, enquanto fazíamos um sexo também apressado e sem qualquer empolgamento.
A tua vida "nos ares" mandou a nossa vida, de casal, para os ares!
Nós chegáramos ao ponto em que éramos um casal de "viúvos," vivos.
Sabíamos que tínhamos sido um do outro; mas também sabíamos que já tínhamos partido, dos braços um do outro, talvez, para sempre!
- Ou não.
Ou não porque eu não me resignava a perder-te e a ficar sem ti, quando ainda te amava; te admirava; te sentia agarrado ao meu corpo e à minha alma.
E foi dessa forma que me encontráste, nessa noite, em que te esperei no aeroporto.
Tu entraste no carro, deste-me um beijo, de raspão e disseste-me que vinhas cansado.
E eu revoltei-me e disse-te à queima-roupa:
- Ou voltas para mim; para a nossa cama; para as nossas vidas, ou tens que te amanhar sozinho.
Vou-me embora!
Tu não disseste nada; deste-me a mão; deste-me um beijo sincero; pediste desculpa pela tua ausência, permanente, de mim; do meu afecto; do meu sentir; do meu desejo por ti.
E acrescentaste:
- Estou a ficar cansado de tanta viagem.
Vou pedir, lá na empresa, para me substituírem por um mais novo.
Quero viver contigo mais e mais - coisas e tempo.
Eu anuí e a esperança voltou, mais uma vez, para as nossas vidas!
A nossa actualidade é essa:
- Voltámos a sair para jantar; voltámos às nossas noites de sexo e copos; voltámos a ser um par normal, com uma vida decente, para um casal que se quer. Voltámos ao nosso amor, que é antigo e seguro.
Estamos no caminho certo, mais uma vez.
- Será assim, até quando?
Já recomeçámos tantas vezes!... Este filme já teve inúmeros "remakes" e sempre sobrevivemos... mas os anos éram outros.
- Éram menos. Tinhamos mais tempo e mais futuro, à nossa frente. Agora temos, já, menos tempo para "filmes" destes...
Para recomeços.
Ultimamente dávamo-nos mal!
- Discutíamos por quase tudo; implicávamos, um com o outro, só por implicar; aproveitávamos o estar com amigos, para nos desconsiderarmos, mutuamente.
Tínhamos encetado o nosso caminho, para o abismo.
Estávamos com oito anos de relação!
- Uma relação com altos e baixos; com dias bons, maus, e assim assim.
Agora estávamos saturados um do outro; perdêramos a vontade de nos encantarmos, um com o outro.
E, na cama, estavamos uma completa desgraça:
- Éramos ainda, relativamente, jovens mas nada de jeito acontecia na nossa cama. Parecíamos duas figuras de filme, na quarta idade!
Na cama éramos uns perfeitos centenários! - Sem chama alguma.
Quando muito, de longe em longe, ainda tentávamos fazer algum sexo, saía mais uma frustração! Uma humilhação para os dois.
- Eu recriminava-te pelo nosso insucesso; tu não me respondias; e recriminavas-me com o teu silêncio. Quase nunca, já, tínhamos prazer, um com o outro. Já muito raramente nos desejávamos. Já nem desejo tinhamos, quase.
Eu vivia dias, de uma tristeza infinda, depois de sermos tão fracassados, na cama.
Ficava a julgar-me uma "coisa" sem jeito algum. Uma velharia que já não prestava para motivar um homem, para o sexo; para me lisonjear; para me considerar "objecto" da sua paixão.
Foi assim que o meu olhar foi ficando, mortiço; foi ficando, sem brilho; foi ficando desinteressado, da nossa vida em comum.
- Tu estares ou não estares, já não me fazia qualquer mossa!
No emprego comecei a ser desatenta; pouco sociável; menos solicita com as pessoas.
- Tu estavas cada vez mais afastado de mim...
Tinhas dias em que, julgo eu, fazias de propósito para ficares adormecido no sofá; chegavas à nossa cama de madrugada, e deitavas-te, sorrateiro e clandestino, na ponta da cama.
O nosso Inverno estava no seu esplendor.
Éramos uma "árvore" nua: com a alma exposta a todo o tipo de adversidades!
- Será que resistiremos?
- Qual será o nosso fim?
Estes desabafos não me servem de nada! Melhor fora que os conversasse contigo. Mas nós também já nunca conversamos sobre nada...
- Filmes de silêncios e pausas, é o nosso mundo! É a nossa rude actualidade.
Já tiveste situações desesperadas?
- Daquelas situações em que ficas no limite e a pensares que está tudo perdido?
Ou, pelo contrário, a tua vida é uma planície, verde, aonde nada acontece, para te agitar os dias?
Eu já tive que viver muitas situações em que me parece que no fim delas só resta um pouco do meu pó!
- Em que penso que vou explodir; desintegrar-me; fazer um "grande fecho" ao teatro que é a vida...
Depois, sabe-se lá como, as coisas acabam por se resolver - umas; outras acabam por resultar em grandes momentos de adrenalina; e algumas não se resolvem mas eu sobrevivo....
Este vídeo que aqui deixo, hoje, para os visitantes deste meu blog, capta imagens de um filme que é um dos meus favoritos:
- Pelo argumento; pela música; pelos actores; pelos sítios aonde é rodado; pelo realizador; ETC...
Se vires com atenção a tua vida, certamente, já resolveste com boa mestria momentos limite desse percurso!
Enfim, todos somos um pouco heróis se as circunstâncias no-lo exigem!
Importante é nunca desesperar. Nunca perder o Norte.
PS: Bom Domingo.
Às sextas-feiras era dia de sermos felizes!
Por pior que nos déssemos, durante a semana; por mais brigas e desamores que alimentássemos, entre ambos - à Sexta era dia de paz; amor ; sexo. Um verdadeiro acordo que respeitavamos com rigor absoluto.
Quando pelas cinco da tarde saíamos para tomar um copo, já estávamos alinhados com as cláusulas desse nosso acordo:
- "Das cinco de Sexta até Domingo não há desentendimentos de qualquer índole, entre nós dois!"
E cumpríamos isso na íntegra!
Não haviam cenas, desagradáveis; não haviam programas que gerassem contendas entre ambos.
- Aquilo que um sugeria, primeiro, era o que se fazia, a seguir.
Vimos muitos filmes; fomos a muitos concertos; fomos a muitos bares e restaurantes...mas a noite acabava, sempre, nos braços um do outro, a jurarmos que estávamos juntos, sem fim à vista, e para sempre.
Tu, que adoravas o meu corpo, roliço, despias-me como se eu fosse a mulher mais sexy do Mundo inteiro!
- Elogiavas os meus olhos, negros; mordiscavas os meus lábios, carnudos; acariciavas-me os ombros, o peito, generoso, e, perdias-te por aí abaixo...
Eu ficava absolutamente eufórica; desinibida; confiante; entregue a um homem que me sabia elogiar e fazer esquecer os complexos dos quilos a mais que não controlava.
Fomos muito espectaculares nessa nossa relação!
- Fomos leais e sinceros; fomos depravados quanto baste; fomos amantes da luxúria e do vício dos corpos que se exploram; fomos felizes assim.
Um dia, fiz uma dieta radical!
Tu dizias-me que não entrasse nessas "coisas"; que me ia dar mal; que tu eras louco por mim, de qualquer forma!
Eu, não te dei ouvidos e perdi, quase, quinze quilos em dois meses!
- Fiquei magra; com peles; sem saúde; sem apetite sexual.
Tornei-me numa chata; tu começaste a dizer-me que eu estava a ficar doida...
- Deixámo-nos aos poucos!
Fomos ficando longe um do outro e um dia tudo acabou...
- Eu sem ninguém, até agora. Tu já com outra a tiracolo.
Sei que fiz mal em não te dar ouvidos!
Sinto falta dos tempos em que me beijavas, toda, e me dizias que eu não era gorda; que eu era uma mulher a sério!...
- Agora sou magra... Ninguém me quer.
Os gostos dos homens eu nunca percebi bem!
Aos Domingos tirávamos um tempo, só para nós!
- Para excessos; mimos; devaneios; evasões; descanso; cultura; sexo; amor; e, muita amizade.
Tu e eu éramos, principalmente, grandes amigos. Estávamos sempre em sintonia, porque um dizia "mata-se e o outro dizia esfola-se"; e, assim, nós nos divertíamos, cultivávamos o silêncio, acasalávamos; ou, simplesmente, ignorávamos que éramos seres sexuados.
- Tínhamos épocas em que não nos apetecia nada que tivesse que ver com trocas de fluidos entre os nossos dois corpos...Estávamos, como tu dizias, em época de pousio!
E fomos sempre muito, descaradamente, felizes. Os outros, os que nos conheciam, achavam que nós éramos dois "sonsos"- sem piada e sem fantasias na cabeça! E nós, com as nossas mentes "perversas" alimentávamos-lhes essa ideia, errada.
- Como eu te dizia, "mais vale sê-lo, que parecê-lo, e não sê-lo"...Tu e eu, e eu e tu, éramos os maiores amantes; os mais devassos amantes; os mais secretos amantes, que imaginar se possa!
- Fazíamos o que sabíamos; o que líamos no teu manual de sexo, de cabeceira; e fazíamos o que víamos, naqueles filmes não indicados para pessoas, que vão à Missa, e se confessam, a um senhor Padre. (Não vá ele entusiasmar-se e aderir ao Pecado!)
E hoje, que é Domingo e tu não estás, eu recordo-te por isso mesmo. Fazes-me falta! Muita falta. Pela mistura estranha, que nós éramos, um com o outro:
- Uma mistura de pessoas de bem, com uma grande componente "marginal" e "pecaminosa" colada à nossa pele...
Fora de portas fato e gravata - tu; tailleur, com camisa abotoada até ao pescoço - eu; dentro de portas, nus, ou com roupas da sex-shop - os dois.
Éramos companheirões e não faziamos mal a ninguém. Fartávamo-nos de gozar, um com o outro; fartávamo-nos de trabalhar, para o bem comum. E éramos respeitados por toda a gente.
Dupla personalidade?
- Acho que sim.
Eu estava na tua frente, a apaparicar-te, como era meu hábito!
De repente disseste-me:
- "Despe-me! Como se eu seja um presente, valioso, embrulhado num papel, vistoso; com uma fita artística, e numa caixa com vários segredos.
Despe-me devagar; com atenção e requinte; não estragues nada; e mostra-te deslumbrada com o que, por fim, encontrares, e que é para ti."
Eu, que era e sou uma grande "curiosa" iniciei de imediato o desafio:
- Despir-te como se fosses um presente? Um diamante em bruto?... Aceitei.
Comecei pelos sapatos, que atirei para o canto da sala; tirei-te as meias, pretas, até ao joelho; parei um pouco e massajei-te os dois membros locomotores; os dedos, um a um; o tarso e o metatarso; o calcanhar e os artelhos. Estavas rendido e a baixar a guarda.
Passei para a tua cintura, e, com um gesto rápido, saquei-te o cinto; saquei-te a gravata, às riscas, e atirei-a para detrás do sofá, aonde o cinto já estava a jazer...! Tu facilitavas-me os gestos e não comentavas o método.
Hesitei em tirar-te a camisa, ou as calças, em primeiro lugar!
Optei pelas calças. Fora com elas. Para detrás do sofá, com elas; e tirei-te a seguir a camisa, branca, com botões de punho; com calma desapertei botão a botão e,... para detrás do sofá com ela...
Estavas agora, reduzido a umas cuecas pretas, sexy, de algodão, marca Sloggy;
Então comecei eu a tirar a minha roupa; primeiro o vestido que te atirei para cima; depois o resto que te atirei para a cara; depois eu, que me atirei para cima de ti.
Tu, que eras e és um homem cheio de humor e bom raciocínio, disseste-me:
- "Pequenina" o "presente" está tão grande que, se não te apressas, perde-se "neste entretanto. Perdes tudo!"
Mas não se perdeu!
- Foi uma tarde de sexo; de fantasia; de faz-de-conta! Com Champanhe ao fim, e com petiscos diversos.
Tu eras o o Alibaba e eu era uma intrusa infiltrada entre os trinta e nove ladrões.
Roubei-te o "tesouro" e fiquei contigo na caverna.
- Os trinta e nove ladrões, estavam dispensados, temporariamente. Deras-lhes saída de fim-de-semana.
Foi uma festa; uma tarde de evasão; uma cena de filme para adultos! Bons tempos.
Nos gostávamos dos dias de chuva.
Tu e eu e eu e tu, nos dias de chuva, gostávamos de fazer programas intimistas.
Ficávamos calmos; descontraidos; amorosos; carentes de sexo, amor, ternura, carícias, comida, e casa.
Quando arranjávamos um tempinho, só para nós, íamos para a minha casa e encenávamos um fim de dia de cinema. Como nos filmes!
- Eram as "nossas cenas" num filme chamado - "Par feliz, com chuva"...
Cerrávamos as persianas, até meio; ligávamos as luzes, no mínimo; acendíamos velas; espalhávamos as velas pela casa; despíamos as roupas da rua; colocávamos uns "trapinhos"mais sexy; tu fazias os drinks; eu os aperitivos; a chuva lá fora fazia, para nós, o resto. Fazia o ambiente, propício à felicidade que queríamos, os dois, desfrutar. Um com o outro e mais a chuva, para nos aconchegar...
Éramos dois tontos então! Éramos uns perfeitos loucos do amor.
Tu servias-me um Whisky e servias-te a ti; eu passava-te a bandeja, dos petiscos, variados; beberricávamos, petiscávamos, conversávamos, e, principalmente, agradecíamos um ao outro, o enorme prazer que nos sabíamos dar e proporcionar, mutuamente. E cortejávamo-nos!
Nos dias assim, até o sexo - inevitável, que sempre completava o nosso menu - era mais solto; mais livre; mais libertino.
- E, tu e eu, éramos e somos, grandes amantes da libertinagem, na nossa cama!
Como tu dizes e eu subscrevo, "a nossa cama é um território, neutro, aonde a Lei que existe, somos nós que a fazemos".
Hoje escrevo sobre isso! Escrevo sobre a nossa grande capacidade para sermos felizes à nossa maneira.
- Sem grandes coisas; mas com todas as coisas que gostamos, incluídas na nossa "conta das despesas".
A factura tem sempre muitos extras que lhe vamos introduzindo!
Somos uns perdulários da Felicidade. Não ligamos a "gastos" para a conseguirmos moldar, à nossa forma de a fruirmos.
- Somos fãs, absolutos, da verdadeira FELICIDADE:
Abençoados sejam - para sempre - os "nossos dias de chuva"!
Dias de evasões; de satisfações; de comunhão a dois. Dias com fins felizes!
Quem não sentiu já, alguma vez, necessidade de mudar tudo na sua vida?
Fazer um reewind; ver tudo de novo- em slow motion - e ao fim, fazer um "filme"diferente:
- Novos enredos; novos actores; novos cenários; nova luz; produção e direcção independentes...
Pois é, mas as decisões não são tão fáceis, assim, de tomar... e, o que dá mesmo é o "deixa andar".
- Fica para depois!
Esta música dos Supertrump fala disso mesmo:
- Fazer um novo caminho, para caminhar nele, deixando o que está a mais, para trás...
PS:
Os Supertrump são uma das minhas bandas de eleição - a par com algumas outras.
Um resto de dia bom para os que por aqui passarem, e, bons "filmes".
Perguntavas-me, com regular frequência, qual o motivo pelo qual eu te tinha "escolhido" entre os outros homens!
Eu, com o humor que me caracteriza e tu gostavas, respondia-te, sempre, da mesma maneira:
- Falta de critério, meu querido! Tendências para o abismo!...
Tu, que também eras imensamente divertido e oportuno, nas respostas que davas, retorquias-me:
- Tiráste-me as palavras da boca. Eu estou contigo, exactamente, pelos mesmos itens que agora me revelaste,...!
E assim, desta forma tão ácida mas nada verdadeira, nós nos atirávamos, depois, nos braços um do outro, para nos amarmos: como o sentíamos e sabíamos fazê-lo.
Claro que eu te escolhi porque te intuía melhor que todos, em tudo:
- Intuía-te carinhoso e eras carinhoso; imaginava-te generoso, e eras muito generoso; sonhava que soubesses fazer, muito bem, sexo, e, na escala de zero a vinte, sem hesitar dou-te um dezoito!
- O dezoito é, unicamente, porque não há perfeição absoluta nem fantasias esgotadas, em matéria de sexo. Mas, quase estás no topo da tabela...Como sabes eu gosto de manter as expectativas em alta!
Tu eras vaidoso e sabias muito, sobre a boa avaliação que eu fazia de ti; e o que eu gostava de ti; e como eu me completava contigo! E, isso era, quase, uma anfetamina na nossa fantástica paixão.
- Dáva-lhe uma energia, sempre renovada!
Foram tempos de coisas maravilhosas para os dois:
- Líamos imenso; tratávamos temas elvados, até à utopia; íamos ao céu ou ao inferno à procura de motivações, que nos preenchessem, a ambos.
O estado das coisas, connosco, nessa época abençoada das nossas vidas era empolgado e gratificante.
- Quase me casei contigo, de papel passado...
Tempos houve em que vi em ti o homem da minha vida! Enfim!...
- Filmes do meu passado, feliz, em que eras o actor principal e que agora recordo, para apaziguar a alma e os meus dias, sem ti.
Uma das coisas que me subtraiu à paixão que por ti alimentei, o máximo de tempo que consegui, foi a tua incapacidade para "hábitos" de vida em comum; e de pessoa comum.
A vida contigo nunca era uma vida calma e com boas e saborosas rotinas; como todas as pessoas comuns acabam por ter; e que são necessárias ao equilíbrio, saudável, numa existência que necessitamos com algumas "amarras".
Recordo agora - nem sei porquê - que contigo jamais se podia ver um pouco de televisão!
Não que eu seja uma espectadora militante! Mas, de vez em quando, sabe-me bem sentar-me, no sofá, e ficar ali a ver um filme; uma série; uma entrevista; um debate; um programa de entretenimento ou de humor...
Contigo, a única coisa "permitida" era andar, andar, andar,... sem destino; e depois sentar , a uma mesa de restaurante e ficar aí, a conversar, a comer, a beber...- Distender esse momento ao limite do horário, até que os empregados, delicadamente, nos "enxotassem"... E, depois, voltarmos a andar, andar, andar,... ao frio das noites de Inverno, ou ao calor dos dias de Verão, quase, como dois extraterrestres, sem saberem bem em que planeta habitavam ou para onde deveriam dirigir-se...
- Simplesmente, vagueávamos!
Às vezes sentia-me - quase - "uma sem abrigo" - pois a minha casa era a rua, e os restaurantes - aonde andávamos até altas horas da noite!
Contigo nunca se podia estar em casa; sem fazer nada; deitar cedo; levantar cedo; ter um horário!
- Era um verdadeiro "non stop!" Sempre a andar e sem "brakes"...
Falo nisto porque essa tua falta de hábitos, de "casa" e "família," eram uma coisa muito cansativa e muito traumatizante, depois que a nossa paixão se esvaiu...
Sei que as tuas "desculpas," para seres tão hiperactivo, podem ser razoáveis, mas, de todo, não criavam uma vida compensadora a ninguém!
Afinal, agora que repondero esta questão, penso, até, que isto foi " a gota" que me deixou exausta, da nossa vida a dois.
- Deixei de dormir, porque a hora tardia, a que o fazíamos, já me não era apropriada; deixei de gostar de fazer sexo, porque estava exausta por não descansar, nem dormir; deixei de querer estar contigo, porque sabia que seria um tempo de tortuosa vivência a que teríamos em conjunto.
Ainda agora me arrepio quando me lembram as noites de insónia ao teu lado!
- Chegávamos pelas duas da manhã; apagávamos a luz pelas três quatro; tu dormias até às onze, meio dia; eu ficava à espera que amanhecesse, para me levantar... (e sempre sucessivamente assim.)
As coisas foram-se degradando porque tu eras noctívago; eras caótico em gestão de horas úteis do dia; eras incapaz de ter hábitos de vida de pessoa normal: de uma pessoa que tem horas para se deitar; para fazer as coisas; para descansar; para se divertir; para não fazer nada, se isso lhe apetecer; e dar paz aos que estão consigo, ao seu lado.
- Tudo coisas simples mas impossíveis de encontrar em ti!...
E por isso te digo que a vida contigo, após o empolgamento da paixão, era um verdadeiro, quase, "massacre". E isso esgotou-me!
. SEM CHAMA NA NOSSA CAMA.....
. Agora que sou magra, já n...
. Ficavamos ambos nus, ou c...
. Despe-me devagar; com req...
. ... amantes da libertinag...
. Free...
. VIAGEM A PARIS E (DE GRAÇ...
. Diário de Rita... o beijo...