És fascinada por homens com carisma?
- Daqueles homens que têm um magnetismo qualquer, que apetece, logo, saltar-lhes para os braços?
Ou, pelo contrário, és daquelas que, desde que seja "homem," não é preciso mais nada?
Eu gosto de homens com carisma! Daqueles que todas as mulheres de bom gosto, gostam, também! E que, cá para mim, são um enorme "abismo" em que nos metemos se resolvermos "acampar" na sua cama...
Este vídeo que deixo hoje aqui, para os visitantes deste meu blog, tem uma música fantástica e tem a cantá-la um homem desses...
Depois que Joaquin Fhoenix desempenhou o papel de Johnny Cash, no cinema, que eu deixei de ouvir as músicas de Cash e prefiro J. Fhoenix, dos pés à cabeça.
- Canções; homem; tudo.
Enfim! Aos Sábados podemos desabafar um bocado, umas com as outras...
Até, talvez não aches o mesmo que eu, sobre Fhoenix - mas a quimica é uma coisa pessoal, verdade?
Escolhe o teu parceiro pela quimica e depois logo se verá todo o resto;
- Sem quimica as coisas não funcionam, de todo.
Juro!
Ultimamente dávamo-nos mal!
- Discutíamos por quase tudo; implicávamos, um com o outro, só por implicar; aproveitávamos o estar com amigos, para nos desconsiderarmos, mutuamente.
Tínhamos encetado o nosso caminho, para o abismo.
Estávamos com oito anos de relação!
- Uma relação com altos e baixos; com dias bons, maus, e assim assim.
Agora estávamos saturados um do outro; perdêramos a vontade de nos encantarmos, um com o outro.
E, na cama, estavamos uma completa desgraça:
- Éramos ainda, relativamente, jovens mas nada de jeito acontecia na nossa cama. Parecíamos duas figuras de filme, na quarta idade!
Na cama éramos uns perfeitos centenários! - Sem chama alguma.
Quando muito, de longe em longe, ainda tentávamos fazer algum sexo, saía mais uma frustração! Uma humilhação para os dois.
- Eu recriminava-te pelo nosso insucesso; tu não me respondias; e recriminavas-me com o teu silêncio. Quase nunca, já, tínhamos prazer, um com o outro. Já muito raramente nos desejávamos. Já nem desejo tinhamos, quase.
Eu vivia dias, de uma tristeza infinda, depois de sermos tão fracassados, na cama.
Ficava a julgar-me uma "coisa" sem jeito algum. Uma velharia que já não prestava para motivar um homem, para o sexo; para me lisonjear; para me considerar "objecto" da sua paixão.
Foi assim que o meu olhar foi ficando, mortiço; foi ficando, sem brilho; foi ficando desinteressado, da nossa vida em comum.
- Tu estares ou não estares, já não me fazia qualquer mossa!
No emprego comecei a ser desatenta; pouco sociável; menos solicita com as pessoas.
- Tu estavas cada vez mais afastado de mim...
Tinhas dias em que, julgo eu, fazias de propósito para ficares adormecido no sofá; chegavas à nossa cama de madrugada, e deitavas-te, sorrateiro e clandestino, na ponta da cama.
O nosso Inverno estava no seu esplendor.
Éramos uma "árvore" nua: com a alma exposta a todo o tipo de adversidades!
- Será que resistiremos?
- Qual será o nosso fim?
Estes desabafos não me servem de nada! Melhor fora que os conversasse contigo. Mas nós também já nunca conversamos sobre nada...
- Filmes de silêncios e pausas, é o nosso mundo! É a nossa rude actualidade.
Ás vezes, passávamo-nos da cabeça, e, as coisas não corriam bem entre nós.
Por um qualquer motivo, quase insignificante, estalava no ar uma discussão que, de um singelo murmúrio, atingia a potência de um trovão, em tempestade iminente e havia dias em que andávamos à tareia! À bofetada e aos encontrões.
- Aos poucos fomos perdendo o respeito e o amor, um pelo outro.
Tu começavas a revelar-te violento e descontrolado; muito distante daquele rapaz afável e giraço, que me encantara, há tempos atrás.
Na primeira vez que me bateste e em que eu também te bati, depois fizemos as pazes; fizemos sexo; e fizemos juras e juras, de jamais nos agredirmos - quer por palavras quer por actos - fosse por aquilo que fosse.
Mas isso durou poucos dias:
- No fim de semana, seguinte, saímos à noite; tu bebeste uns copos; eu contrariei-te, quando te vi já meio toldado, e a quereres conduzir na vinda para casa; tu levantaste-me a mão; empurraste-me para fora do carro; e arrancaste a toda a velocidade, deixando-me ali, especada; confusa; humilhada; e à procura de um táxi às duas da manhã...
- Foi horrível essa noite.
Mas ao outro dia, voltaste; cheio de arrependimentos; de falares mansos; de mais promessas de redenção. E eu, que te amava e era crente em ti, perdoei-te e tivemos mais uns tempos, razoáveis: de bom entendimento; de bons momentos, em geral, e de sexo que ambos gostávamos muito de ter juntos; de troca de mimos e atenções... Parecíamos quase normais... Um par de namorados, normal.
Mas o que estava começado, era o caminho do nosso fim, um como outro.
Na próxima vez que voltaste a beber; a bater-me - comigo a tentar defender-me e a bater-te - fomos, de vez, cada um para seu lado.
O respeito entre os dois estava anulado. Os afectos anulados. O desejo anulado. O sexo anulado. A relação acabada.
Eu amava-te.
- Acho que tu, a mim, também! Mas havia algo em ti, de muita atracção pela bebida e pela posterior violência; e isso foi o que fez com que eu te deixasse - embora tu, ainda, de vez em quando, venhas tentar um reinício...
- Dizes que fomos feitos um para o outro!
Eu sorrio e não te dou resposta... e nem te abro a porta de casa, nem do meu coração.
Tudo acabado, do meu lado. Os teus problemas, serás tu a tratar deles, sozinho.
Uma relação sem respeito não existe. É uma humilhação para ambos.
Todos os meus sonhos contigo, me nublaram os dias. Fracassamos.
- Os dois sabemos isso.
Desculpa os meus desabafos...
Hoje nada!
Não posso escrever.
As coisas são aquilo que são.
- Hoje devaneio e evado-me.
Aquilo que era para ser, já está a acontecer:
- Hoje divirto-me e preguiço e vou à descoberta de outras paisagens...
Se tudo correr bem, mais logo, ainda passo por aqui.
Está calor e o azul espera-me.
- A cor do céu azul; a cor do mar azul; eu pensando em azul! Pensando tudo e só azul!
Hoje evado-me e devaneio...
O estado deste bolg é este!
Os blogs são espaços de evasão mas a vida acontece lá fora e temos que a agarrar.
Assuntos de que me desinteressei:
- De ouvir ou comentar as coisas que José Socrates diz ou faz;
- De ouvir ou comentar qualquer opinião de qualquer membro deste Governo;
- De ouvir programas sobre politica;
- De comprar jornais;
- De prostestar sobre as medidas, às pinguinhas, de PECs e afins;
Só me interesso, nestas matérias, com uma coisa e que é a seguinte.
- Quando é que este «pesadêlo» tem fim?
Sonho com esse dia!
Ps:1
Quando se é bombardeado, todos os dias, com coisas que achamos e são afrontas, não se tem outro caminho, salvífico, que não seja o do «alheamento».
Persistirmos em «acompanhar» tanta "trapalhada" é consentirmos em que nos dêem cabo da nossa cabeça.
Portanto concluo assim:
Desculpem este meu desabafo e tanto «desinteresse» forçado.
- Levem-me tudo! No fim, que ao menos eu - ainda - saiba quem sou.
Ps-2
Vou dedicar mais tempo ao amor:
- Aos homens, em geral, e ao Homem, em particular.
Nos tempos que correm, salvemo-nos pelo Amor.
Pois é! Não me fui embora nem ando na boa vida...
- Estou numa lástima!
Já na sexta-feira passada, o dia me pareceu demasiado longo e, tudo o que fazia era com custo redobrado. Ainda pensei que se tratasse de mero cansaço, ocasional, de fim-de-semana... Mas após me deitar, à noite - cedo - e não conseguindo dormir, de maneira nenhuma, eis que começo a sentir umas dores enormes e violentas, num dente incisivo, e o processo, do mau-estar, acelerou...
Agora aqui estou eu, de abcesso e com os lábios inchados, cheia de dores e sem paciência, nem para me arrastar.
Ando do sofá para a cama e da cama para o sofá; nos intervalos tomo antibiótico, anti-inflamatório e mais os comprimidos para as dores, (que são grandes e não cedem) e sinto-me de rastos...
Os dentes - todos - que tenho na boca, não me parecem meus: parecem -me enormes e não encaixam uns nos outros e até abanam! E sinto-me muito desconfortável e incomodada.
Uma amiga, médica, receitou-me, felizmente, as medicinas que vos disse e agora começo a sentir um pouco de menos inchaço e pressinto um pequeno alívio que talvez chegue, mais tarde...
- Talvez que com vinte e quatro horas de antibiótico, as coisas evoluam, no bom sentido, e mais logo me sinta melhor!
Ámanhã lá irei ao dentista, e, quem sabe, terei que extrair o dente, que é na frente e abana como se vá cair a qualquer momento
Se assim acontecer, (os deuses queiram que não) lá terei que fazer um implante e gastar uma catrefa de dinheiro, sem contar.
Apeteceu-me estar aqui a lamuriar-me, com um duplo sentido:
- Lamuriar-me, simplesmente; desabafar.
E, acima de tudo dizer-vos que, numa semana em que tive que comprar uma máquina de lavar roupa, porque a outra ardeu!!! (assim sem mais nem menos)...e agora me acontece isto, com o dente, se eu não fosse uma pessoa equilibrada e contida, com os meus dinheiros, poderia estar em apuros... e insegura e ter que ir pedir «ao tio»...que é o que todos, quase, fazem...
Acontece que, ao contrário de muita gente que vive e pensa diferente, de mim, eu nunca gasto mais do que aquilo que devo, nunca vou de férias fiadas, nunca compro a crédito - seja o que for - não devo um cêntimo a ninguém e guardo o que sobra, para coisas destas... E, nestas horas más, ao menos, não fico preocupada, a não ser com a minha saúde e com a minha comodidade e boa aparência.
E por último acrescento que esta minha maneira de ser se deve a que odiaria ver-me doente, sem dinheiro e a ter que humilhar-me a pedir emprestado, para o essencial:
- Que aqui, neste caso, seria comprar uma máquina de lavar roupa, e colocar um implante dentário.
E já chega de lamúria...por hoje!
Alguém com um minimo de respeito por si próprio, e com isenção moral e politica, achará «bem» a atitude reprovável de um deputado do PS, que roubou os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam?
Alguém de bom senso poderá achar normal que o Presidente do Grupo Parlamentar do PS venha fazer o elogio público das capacidades desse deputado, como deputado e cidadão e após uma atitude deste tão disrupta e tão marginal?
Como tudo isto é tão impróprio e tão indigno, em pessoas que deveriam ser modelos de boas maneiras e do respeito pelas regras da democracia e das leis da República, eu deixo só o meu protesto e sem mais quaisquer comentários.
Não consigo digerir tanta indignação. E também acho que já nem vale a pena.
Ps: Lembram-se, certamente, do caso da rapariga a quem a professora tirou o TLM e de como ela, a rapariga, reagiu!
Em que é que é que a atitude deste deputado difere da dela?
- Em nada!
São reacções "marginais".
«HEAVEN...»
http://www.youtube.com/watch?v=3eT464L1YRA
PARECE QUE AINDA FOI ONTEM, QUE EU OUVI CANTAR ESTE GRANDE ÊXITO, PELA PRIMEIRA VEZ!...
MAS JÁ LÁ VÃO UNS ANITOS...
- E CONTINUO A GOSTAR IMENSO DE BRIAN ADAMS E DAS SUAS CANÇÕES, INTEMPORAIS.
A NOSTALGIA PODE NÃO SER FASHION, MAS AO SENTIRMOS PENA POR ALGUMA COISA QUE JÁ PASSOU, É UMA MANEIRA DE A REVIVERMOS, AO MENOS, UMA VEZ MAIS.
E TER MEMÓRIAS - BOAS - NÃO É NADA "RETRO," COMO SE DIZ NO ANÚNCIO...
- E NEM A NOSTALGIA É UMA DOENÇA!
QUALQUER DIA, AS PESSOAS COM BOM GOSTO TÊM QUE SE «REFUGIAR» NAS MEMÓRIAS DO SEU PASSADO: SE QUISEREM SOBREVIVER E AGUENTAR, TANTA AGRESSÃO EXTERNA E TANTO RUÍDO...
...
Rita acordou agora e, como é feriado, pensa nas coisas que poderá fazer para aproveitar o seu dia. Organiza então, mentalmente, essas coisas que fará e que são estas:
- Ler os jornais, após ir comprá-los - quando sair de casa - mais daqui a pouco;
- Pensar sobre o que leu nos jornais, e, talvez, escrever um post para o seu outro blog que anda um pouco abandonado por falta de tempo;
- Pela tarde sair de casa e ir ao ginásio... e, mais tarde, ainda, ir ao cinema;
Rita deu-se conta de que tem várias coisas, da sua agenda cultural, em atraso. (também por falta de tempo)
- À noite Rita ficará em casa. E porque é o dia em que se celebra, na Igreja Católica, a crucificação e morte, na cruz, de Jesus Cristo - figura História Universal, que Rita muito admira - talvez veja um filme, na televisão, desses que relatam esse trágico e injusto momento, da Humanidade para com Ele...
E pronto! Aqui ficam estas pequenas «confidências» ao seu Diário, com votos de que as coisas, convosco, tal como com Rita, se passem, sempre, em três etapas principais, e a considerar:
- Ler; pensar; interpretar. ( três coisas fundamentais para sabermos o que andamos «por aqui» a fazer )
Uma das receitas infalíveis para que não sejamos, só, uns outsiders inconscientes, em usufruto desenfreado do contexto que nos cerca...
Três coisas que me indicam o meu Norte; para onde me devo encaminhar e por onde devo seguir para que nunca perca o meu rumo na vida.
- Para saber o que faço aqui!
Ps. Rita anda muito estranha, com certas coisas que se passam à sua volta, que considera um abuso e mais ainda que abuso, e que talvez conte aqui, ao seu Diário, um destes dias...
...
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- “A minha vida é um drama! Um drama de faca e alguidar! Não sei que rumo lhe dê, mas assim, desta forma, ainda vou parar ao “raio que me parta”- que nem sei, sequer, aonde seja!...”
Rita conduz, a caminho de uma reunião, e, aproveita o trajecto, para pensar nos tempos difíceis e de baixo astral que atravessa e que são maus. São realmente muito maus, para si e os seus neurónios! São cansativos.
Se por um lado, Rita não tem problemas profissionais, o que é uma bênção, e, passe a publicidade, é bem vista e bem compensada; pelo outro lado, o lado da sua vida pessoal, as coisas são um verdadeiro desastre, com mortos e feridos graves: nas gavetas, nas algibeiras e na cama - em sentido figurado.
- Não escapa nada! E a culpa? De quem é a culpa de Rita não ser feliz?
Rita não gosta de viver sem homens por perto; mas, por outro lado, satura-se deles, passado algum tempo - curto - e vai tudo de férias, para a Capadócia; que é longe e tem paisagens lunares aonde eles podem passear e perder-se e não mais voltar para o pé de si...
Rita põe-se a pensar se será sua, a causa desse «cansaço» pelos homens, quando ficam muito por dentro da sua vida. Muito por perto! Muito a tempo, quase, inteiro...
Analisa bem a situação e conclui pelo seguinte:
- Rita não suporta a invasão, sistemática, do seu espaço. É muito ciosa das suas coisas e não gosta que ninguém chegue, disponha, imponha, use e abuse...Assim sendo, quando Rita começa a ver um homem, na sua casa, a ditar sentenças e normas de conduta, Rita entra em rota de colisão e pimba... desintegra-se tudo; desintegra-se a relação. Vai tudo para o espaço!
Sendo honesta e sincera, Rita quase tem a certeza de que a culpa é mista:
- Metade sua que é esquisita; e a outra metade do homem que está com Rita: e que é intrometido e mandão e impositivo.
Mas, se calhar, nem é nada disto e o verdadeiro motivo é só um:
- Rita não está, verdadeiramente, apaixonada por homem nenhum. Vê-os, a todos, com carácter de «avençados» e a recibo verde...
Quando não interessa vai embora: para férias, para sua casa, fazer compras, para a praia ou para o céu. Salta para fora da vida de Rita.
Rita tem este drama: gosta dos homens, mas sem compromissos, com eles, por aí além.
- Certo? Errado?
Rita não sabe, mas não vê, por aí, muita gente mais feliz, só porque tem um homem, a tempo inteiro, a seu lado! Com contrato sem termo...
Serão os homens um mal ou um bem? Ou ambas as coisas?
...
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Aquilo era um, autêntico, regabofe! Rita olhava e prestava a melhor das atenções, às coisas que ali se passavam... e achava, tudo, normal!
Era um espaço lindíssimo, em jeito de ringue; de arena! Com árvores frondosas, cheias de folhagens frescas e verdes e muitas flores, pendentes, quase «beijando» as cabeças erguidas e enfeitadas, dos homens e das mulheres, ali presentes. Era um espaço ao ar livre, era noite, mas era, já, quase dia, e era um regabofe.
- Haviam mesas, a toda a volta, com iguarias diversas, com arranjos florais, exóticos, (sobre as toalhas, que as cobriam até ao chão, às mesas,) e, no meio dessa enorme e inesperada clareira estava, como que caída do céu, uma cama imensa - quase uma arena - onde as pessoas se dirigiam, quando isso lhes apetecesse e desse prazer, e, faziam aí - nela - jogos eróticos, com os outros, que lá se encontravam, naquele momento, todos ao molho e sem preconceitos, mas cheios de maquilhagem e atavios que os disfarçavam ou tornavam apelativos...
- Beijavam-se, acariciavam-se, maltratavam-se, supliciavam-se; imploravam, rejeitavam... e, isto tudo, ali se passava, naquela cama imensa, feita com lençóis alvos, como alva é uma rosa branca, imaculada de manchas... e, a dita cama, nunca se desmanchava...nunca se desfazia; como se fosse tudo magia, o que ali acontecia; e que era muito!
- Muito e bizarro, e de fazer pasmar!
Os que estavam de fora - assediando as mesas das boas iguarias - petiscavam, bebiam e aplaudiam todo aquele regabofe...que se passava na cama colectiva! Com palmas, anuências e incentivos!
Ninguém parecia molestado, nem deslocado do seu habitat!
- Era como se fosse, tudo, só normal. Como se a vida fosse assim mesmo! Como se nascessemos para comer e nos "comermos"!
Rita estava lá e também via; e também estava conivente com os que comiam e solidária com os que estavam nas orgias eróticas, na cama enorme que nunca se descompunha...nunca se desmanchava.
- Rita estava lá e comia e olhava e não se espantava nem um bocadinho! Nem achava estranho e nem se questionava, como é seu hábito fazer com estas bizarrias! - Depois, de repente, Rita ouviu um barulho!...
E era a voz horrível, do António Macedo, das manhãs da Antena1, a alertá- la, no seu rádio despertador, de que faltavam três minutos para as sete da manhã e que seria um dia de sol e com bastante frio aquele que estava agora a despontar...
Rita acabou por sair, assim, de súbito, do regabofe do seu sonho e entra, de cabeça, no regabofe do seu dia a dia...
- Quem é que não acha, que os dias que vivemos, hoje, não são um verdadeiro regabofe? Uma orgia de Calígula, em sentido literal?
Rita assume que, os dias que habita, (os dias que temos que viver,) são de regabofe... e, se calhar, foi por isso mesmo que, enquanto dormia, «viu o que viu»...
...
...
Rita vai sozinha, no seu carro, vai conduzindo e vai conversando, com a sua própria Alma e diz-lhe assim:
- “Please, release-me! Let me go”... Dá-me Paz e deixa-me livre! Não me ocupes, a tempo inteiro, com as tuas exigências e solicitações... Não me roubes a tranquilidade e deixa-me espaço, para ser eu!...
Rita conversa, amiúde, consigo mesma. Rita conversa com a sua Alma - conversa com a sua essência interior - com aquele “passarinho” que vive dentro de si e é o seu alerta, o seu protector e o seu demónio! A sua Alma é a sua maior e mais fiél, companhia!
- Rita fica sem jeito quando ela, a sua Alma, lhe desaparece e a deixa, sem rumo, sem quem lhe diga como, quando e porquê, pensar e fazer opções: boas ou más.
Rita conversa com a sua Alma e pergunta-lhe assim:
- Tu, que te achas tão importante e que sabes sempre tudo e me dás ordens, de manhã à noite, diz-me lá, agora e com alguma propriedade, se ao menos hoje poderei ter um minuto de felicidade?!... Felicidade daquela que tu sabes que me faz feliz! Daquela felicidade simples; que passa por ter tempo para ir ao cinema, logo à noite, e jantar, depois, um bom bife no Café S. Bento e voltar para casa e dormir: tranquila até voltar a ser manhã?!...
- Vá, responde-me oh! Alma minha?!...
Ah! Achas difícil que eu consiga ir ao cinema? Então e o jantar? Ao menos o jantar, posso?
- Não? E nem dormir, bem, poderei? Estarei demasiado preocupada para isso?...
- Então diz-me oh! Alma minha, para que trabalho e vivo e sobrevivo?
- Não respondes? Não queres nem te importas?
Adeus e por hoje não te maço mais... aliás, contigo, Alma minha, é sempre assim:
- Eu peço e tu negas-me, praticamente, quase tudo, o que é bom! Bye...
Ps: Rita chegou ao seu local de destino e verá como se irá aguentar, no seu dia, sem a sua “Alma”a segredar-lhe coisas! Mais um...
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