Segunda-feira, 22 de Novembro de 2010

Recomeços...

Havia, agora, um tempo em nós, de muita esperança no nosso futuro!

Estávamos no inicio de uma nova etapa nas nossas vidas agitadas.

- Tu, sempre a viajares, entre vários continentes, quase nunca estavas comigo, a não ser para vires trocar de mala e me dares uns beijos apressados, enquanto fazíamos um sexo também apressado e sem qualquer empolgamento.

A tua vida "nos ares" mandou a nossa vida, de casal, para os ares!

Nós chegáramos ao ponto em que éramos um casal de "viúvos," vivos.

Sabíamos que tínhamos sido um do outro; mas também sabíamos que já tínhamos partido, dos braços um do outro, talvez, para sempre!

- Ou não.

Ou não porque eu não me resignava a perder-te e a ficar sem ti, quando ainda te amava; te admirava; te sentia agarrado ao meu corpo e à minha alma.

E foi dessa forma que me encontráste, nessa noite, em que te esperei no aeroporto.

Tu entraste no carro, deste-me um beijo, de raspão e disseste-me que vinhas cansado.

E eu revoltei-me e disse-te à queima-roupa:

- Ou voltas para mim; para a nossa cama; para as nossas vidas, ou tens que te amanhar sozinho.

Vou-me embora!

Tu não disseste nada; deste-me a mão; deste-me um beijo sincero; pediste desculpa pela tua ausência, permanente, de mim; do meu afecto; do meu sentir; do meu desejo por ti.

E acrescentaste:

- Estou a ficar cansado de tanta viagem.

Vou pedir, lá na empresa, para me substituírem por um mais novo.

Quero viver contigo mais e mais - coisas e tempo.

Eu anuí e a esperança voltou, mais uma vez, para as nossas vidas!

A nossa actualidade é essa:

- Voltámos a sair para jantar; voltámos às nossas  noites de sexo e copos; voltámos a ser um par normal, com uma vida decente, para um casal que se quer. Voltámos ao nosso amor, que é antigo e seguro.

Estamos no caminho certo, mais uma vez.

- Será assim, até quando?

Já recomeçámos tantas vezes!... Este filme já teve inúmeros "remakes" e sempre sobrevivemos... mas os anos éram outros.

- Éram menos. Tinhamos mais tempo e mais futuro, à nossa frente. Agora temos, já, menos tempo para "filmes" destes...

Para recomeços.

sinto-me: saudosa de gente boa...
publicado por mcm às 10:26
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Domingo, 21 de Novembro de 2010

Uma mulher banal...

Desde que te cansaste de mim que os meus dias são cada vez menos intensos, e, mais banais.

Eu não sou aquela pessoa que tu imaginavas!

- Aquela mulher cheia de ideias na cabeça; empreendedora; sexualmente voluptuosa; socialmente aceite e invejada!

Eu sou uma pessoa banal que construíu, para ti, essa imagem - que tu tanto gostaste de ver em mim.

Ao princípio até eu acreditei que eu era - realmente - essa nova mulher!

- Passei a arranjar-me muito bem, todos os dias; passei a ler livros e jornais; passei a interessar-me por sexo; pelas experiências novas, de sexo; passei a fingir que adorava discotecas e antros de boémia nocturna... Passei a ser o que não era!

Cansei-me, rápido, dessa personagem em que me transformara.

- Voltei a ser aquela mulher simples; apagada; sem grandes ímpetos na cama; quase bicho do mato!

Tu ficaste desapontado, comigo; Cansaste-te do meu tédio; deixaste-me.

Agora sinto falta tua, por um lado!

- Sinto um grande alívio, por outro lado...

Estou só, é certo! Mas também não preciso de fingir, nada de nada.

- Sou eu e a minha autenticidade!

Talvez encontre alguém que goste de mim, como sou.

- Uma mulher banal, mas sincera e talvez capaz de ser uma boa companheira, para um homem, também simples como eu...

Para já não me desespero! A minha actualidade não é desastrosa a tal ponto.

Aguardo outros àmanhãs. As pessoas não são todas tão exigentes como tu.

sinto-me: ui...ui...ui...
publicado por mcm às 10:49
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Quarta-feira, 17 de Novembro de 2010

SEM CHAMA NA NOSSA CAMA...

Ultimamente dávamo-nos mal!

- Discutíamos por quase tudo; implicávamos, um com o outro, só por implicar; aproveitávamos o estar com amigos, para nos desconsiderarmos, mutuamente.

Tínhamos encetado o nosso caminho, para o abismo.

Estávamos com oito anos de relação!

- Uma relação com altos e baixos; com dias bons, maus, e assim assim.

Agora estávamos saturados um do outro; perdêramos a vontade de nos encantarmos, um com o outro.

E, na cama, estavamos uma completa desgraça:

- Éramos  ainda, relativamente, jovens mas nada de jeito acontecia na nossa cama. Parecíamos duas figuras de filme, na quarta idade!

Na cama éramos uns perfeitos centenários! - Sem chama alguma.

Quando muito, de longe em longe, ainda tentávamos fazer algum sexo, saía mais uma frustração! Uma humilhação para os dois.

- Eu recriminava-te pelo nosso insucesso; tu não me respondias; e recriminavas-me com o teu silêncio. Quase nunca, já, tínhamos prazer, um com o outro. Já muito raramente nos desejávamos. Já nem desejo tinhamos, quase.

Eu vivia dias, de uma tristeza infinda, depois de sermos tão fracassados, na cama.

Ficava a julgar-me uma "coisa" sem jeito algum. Uma velharia que já não prestava para motivar um homem, para o sexo; para me lisonjear; para me considerar "objecto" da sua paixão.

Foi assim que o meu olhar foi ficando, mortiço; foi ficando, sem brilho; foi ficando desinteressado, da nossa vida em comum.

- Tu estares ou não estares, já não me fazia qualquer mossa!

No emprego comecei a ser desatenta; pouco sociável; menos solicita com as pessoas.

- Tu estavas cada vez mais afastado de mim...

Tinhas dias em que, julgo eu, fazias de propósito para ficares adormecido no sofá; chegavas à nossa cama de madrugada, e deitavas-te, sorrateiro e clandestino, na ponta da cama.

O nosso Inverno estava no seu esplendor.

Éramos uma "árvore" nua: com a alma exposta a todo o tipo de adversidades!

- Será que resistiremos?

- Qual será o nosso fim?

Estes desabafos não me servem de nada! Melhor fora que os conversasse contigo. Mas nós também já nunca conversamos sobre nada...

- Filmes de silêncios e pausas, é o nosso mundo! É a nossa rude actualidade.

sinto-me: triangular...
publicado por mcm às 10:29
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Sexta-feira, 12 de Novembro de 2010

MOMENTOS...

Gostas de fado?

- De todo o fado? Algum fado? Nenhum fado?...

Eu gosto muito de algum fado e adoro alguns fadistas...

- Adoro aqueles que entregam a Alma a cada verso que cantam e a cada acorde que sai das guitarras que os acompanham.

Também aprecio o "ambiente" fadista. Toda aquela boémia que só acontece na noite, com luz  velada e com xailes negros traçados  - displicentemente - ou fadistas de fato negro e cabelo com gel ou brilhantina...olhos fechados e entrega absoluta.

Quando estou virada para isso vou ouvir fado a algumas casas que conheço e onde o ambiente é muito envolvente e castiço.

Também gosto do silêncio que se ouve, quando o Fadista se expressa, cantando; e gosto do vinho tinto e do chouriço assado.

Hoje deixo aqui Kátia Guerreiro, uma das maiores fadistas da nossa actualidade.

- Canta bem; tem uma presença inspiradora; é culta; é uma mulher bonita.

Que mais podemos desejar quando a ouvimos cantar?...

- Vá! Abre o vídeo e inspira-te.

Vai dar uma volta, pelo Bairro Alto; pela Mouraria; Alfama... ou, por onde te apeteça e curte fado. Entrega-te de alma inteira à música...

São excelentes momentos, os momentos "fadistas".

sinto-me: de passagem...
publicado por mcm às 18:00
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Quinta-feira, 11 de Novembro de 2010

Um "ICEBERG" entre nós dois ...

Tínhamos e temos, uma parede muito espessa, de cimento, entre ambos.

Aos poucos deixámos de nos tocar; de nos aproximar-mos um ao outro; de fazermos qualquer acto mais intimo, um com o outro.

- Afastámo-nos do desejo e do sexo, faz já muito tempo.

Vivíamos bem; tínhamos uma vida tranquila e desafogada; passeávamos; íamos para férias, mas já há quase três anos que não fazíamos sexo algum. Davamos um beijo de raspão ao encontrar-mo-nos, pela tarde, à chegada a casa - e era tudo.

Não sei como as coisas chegaram a este ponto, mas chegaram.

- Éramos muito stressados com as nossas profissões; carreiras; filhos; afazeres de toda a ordem.

Quando caíamos na cama só queríamos dormir e recuperar para o dia seguinte.

Ao princípio ainda fazíamos uma noite de sexo, mais ou menos intensa, aos fins-de-semana... mas, até esse ritual descurámos.

Agora, eu penso que a nossa vida, em conjunto, tem essa brecha aberta, entre nós. Não temos vida íntima e parece que essa ferida começa a doer-me e a doer-te.

No entanto não falamos no assunto; não fazemos nada para partir o iceberg, que se meteu entre os nossos dois corpos, afastando-os, cada um para seu canto da cama. Dormimos juntos como dois desconhecidos há quase três anos.

Eu penso nisso como uma doença crónica e que cada vez me incomoda mais. Sei, porque pressinto nas tuas reacções, que também tu estás infeliz.

Vivemos esta vida do dia a dia; temos um grande património que construímos; temos as nossas carreiras no topo; e, não temos sexo nem intimidade alguma.

Esta vida revolta-me e não sei como sair dela. É esta a nossa rude actualidade!

Um dia destes enfrento-te e vamos ter que falar neste assunto; vamos ter que desbloquear este desagradável e traumatizante, assunto; vamos ter que ver se ainda conseguimos acariciar-nos, beijar-nos na boca, tocar-nos de alto a baixo e sermos um casal por inteiro:

- Com filhos; com contas bancárias conjuntas; e com sexo um com o outro.

Vou ter que dar este passo, para nosso bem.

- Vamos ver no que isto dará!

Tenho dias em que parece que vou rebentar de insatisfação! Sinto-me uma mulher sem nada de bom na sua vida intima. Sinto-me uma máquina de trabalho.

sinto-me: a contar coisas...
publicado por mcm às 10:42
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Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

Atirei-te com o TLM à cara; acabámos tudo...

Hoje estou para aqui, a pensar em ti - o meu ex-amado, já despromovido.

- Um dia naquela viagem, que era para ser de celebração, da data do nosso namoro, de repente, por motivos externos, discutimos e já fizemos o caminho do regresso, em silêncio e ruptura.

Eu era louca por ti! Eu era uma verdadeira "cachorrinha" que te ia comer à mão; e que ansiava pelas tuas festinhas; e que adorava que me sentasses no teu colo; e me afagasses o cabelo...

- Eu entregava-me a ti de alma limpa; corpo oferecido; gestos generosos; inteira.

Mas, naquela viagem, que era para ser de passeios; excessos gastronómicos; fantasias sexuais; muito sexo; sexo de manhã, á tarde, á noite, e enquanto aguentássemos - tu, aquele homem por quem eu era uma teenager inconsciente; fã absoluta, decepcionaste-me, fatalmente.

O teu TLM é, neste desenlace, o teu maior inimigo; e tu és fanático e dependente dele; e vitima dele.

Éras capaz de te levantar da cama, a meio de um episódio de sexo, para ires ver quem te estava a ligar; e, ou vias e não atendias; e, ou vias e mandavas MSG,... e, voltando para a cama, recomeçavas tudo de novo, e dizias com ar enfastiado...

- Desculpa "fofa", coisas de serviço. Mas já os despachei...

Nesse dia em que te despromovi, eu fui uma mistura de inconveniente e de arrojada, e acho que fiz bem.

- Quando após uma tarde deliciosa; de passeio; de carinhos; de carícias; de beijos de toda a ordem, já no hotel, o teu TLM tocou, eu, aproveitei tu estares na casa de banho, e vi o que se passava,  com aquele telefonema, que tanto te trazia sempre de guarda ao TLM...

E li a MSG que estava a chegar e que dizia assim:

- "Então meu "fofinho traidor", por onde andas? Estou à tua espera. Beijo-te todo. Cláudia"

Eu fiquei uns segundos quase para desmaiar. Mas recuperei a serenidade; e, quando saíste do banheiro, atirei-te com o TLM á cara, com toda a minha força e desdém; e disse-te que comigo não havia mais conversa; mais passeio; mais nada, de nada. Que estávamos com tudo acabado. Comecei a fazer as malas e tu não me demoveste.

Voltamos; deixaste-me à minha porta; sem um beijo; tentaste ligar-me duas vezes; eu não te atendi. E assim terminámos uma relação que, da tua parte, era uma farsa.

- Andavas comigo; fazias sexo comigo; dizias-me que me amavas!

- Andavas com outras; estavas sempre de cabeça no ar atento ao TLM; estavas sempre em contacto com elas; fazias sexo com elas.

Não te perdoo, até hoje, essa tua falta de carácter; e o que mais me custa foi que me fazias de "palhaça" e de pateta.

Ainda bem que a porcaria do TLM se partiu, todo, quando te atirei com ele. Esmacacou-se, tal o impacto ao cair no chão...

- Quase me ias matando por isso!

Espero que tenhas, cada vez menos, oportunidades de conquistas. A idade também conta, nessas matérias.

- E o dinheiro e o poder, ainda contam mais. Atraem as "piranhas".

Hoje em dia não tens nada disso... e a idade avança. Estás gordo e és careca.

- Será que ainda "montas" guarda permanente ao TLM?

Julgo que não. Ele não tocará já, tanto, amiúde. Acho que na actualidade serás um homem só. É a vida!

Olha!  Com humor te digo:

- Reclama para a PT!

sinto-me: a brindar aos homens...
publicado por mcm às 10:37
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