Que fazes quando tens ideias avançadas? Daquelas ideias polémicas, mas que sabes serem as certas?
- Calas-te? Esconde-las? Sentes medo?
Ou, pelo contrário, afirma-las e sujeitas-te a todos os confrontos e desconfortos que isso te possa trazer?
Eu gosto de ideias diferentes e de polémicas.
Não tenho qualquer problema por ser a única a pensar de uma determinada maneira. Defendo a minha ideia e, às vezes, o tempo dá-me razão.
Mas já tive momentos dificeis por isso...
Vem esta conversa a propósito de que hoje escolhi, para os visitantes deste meu blog, um cantor/fadista que foi um precursor na sua época:
- Tanto na forma de cantar; como na performance em palco.
Eu sempre o apreciei e aprecio.
Destruíram-no; tentou o suicídio; um dia, por acaso, assisti a um concerto de José Cid; e Paulo Bragança estava com ele, em palco, reduzido a uma réstia do que fora... Era um homem banal e amargurado.
Fiquei com a sua imagem de homem derrotado, na minha cabeça, até hoje.
Ps:
Abre o vídeo; ouve a música e a sua envolvente forma de cantar.
Repara bem em como tudo tem imensa qualidade! E pensa em como é difícil ser-se pioneiro de qualquer coisa no nosso país - de grandes invejosos e de pessoas que não arriscam.
Paulo Bragança foi considerado, em fins dos anos oitenta um sucessor natural de Amália!
Hoje está no esquecimento e muitos fadistas o imitam e fazem aquilo que ele fez, abrindo-lhes o caminho.
Enfim! Para se ser grande, em Portugal é preciso ter muito estofo psicológico.
- Tem que se aguentar a inveja; a maledicência; a injustiça e coisas piores.
Uns aguentam. Outros não.
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