Qualquer coisa que fizéssemos, nessa época, era sempre um momento especial!
Era, ainda, a época em que estávamos cheios de paixão - um pelo outro - e cheios de paixões, pela Vida!
- Nós amávamos a Vida! Nós tínhamos gostos comuns que nos proporcionavam, a ambos, um especial gosto em viver a Vida.
Os nossos momentos, mais íntimos, de paixão eram um hino à Vida!
Tu deitavas-me naquele sofá; tu deitavas-te ao meu lado, naquele sofá; tu apelavas aos teus dons de sedução, lá, no sofá; e, naquele sofá, nós fomos uns loucos da paixão e do sexo e do pós-sexo.
- No pós-sexo éramos absolutamente infantis!
Éramos infantis porque dávamos gargalhadas, sem motivo; porque dávamos palmadinhas, um ao outro; beliscos, ao de leve e em sítios improváveis, um ao outro; dávamos a mão, também, um ao outro; e fazíamos juras de amor eterno que nunca, jamais, cumprimos.
Os nossos momentos de pós-sexo eram uma catarse, para as nossas almas impuras, já poluídas pelas vidas vividas, no antes.
Antes de nós, um com outro, as coisas tinham uma história mais pesada.
- Faltava a ambos, a pureza que reencontrámos, no nosso percurso juntos.
- Faltava a ingenuidade da paixão.
Fomos sinceros; fomos espontâneos; fomos genuínos - no sexo e fora dele.
Fomos sem dúvida dois loucos, enquanto nos tivémos, sempre à Sexta, naquele sofá.
Também não tinhamos mais nada!... Éramos pobres...
- Só nós; a nossa paixão; um sofá.
E uma forte paixão pela Vida.
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