Raramente caminho a pé pela Cidade de Amadora.
Somente isso acontece, quando de quinze em quinze mil quilómetros, o carro vai à revisão...
Hoje, pelas nove da manhã, já após ter deixado o automóvel na oficina, quando me deslocava a pé, para regressar a casa, reparo que a Cidade àquela hora, estava deserta – literalmente.
- Eu vinha na rua principal de uma cidade de trezentos mil habitantes(?) e as poucas pessoas com quem me cruzava, eram pessoas de idade e algumas de muita idade... coxeando uns, de bengala outros, gente com ar triste, avelhentado, humilde.
Tentei interpretar e concluí que, talvez tivesse que ver com os novos horários das escolas, com as pessoas que trabalham fora, etc, etc.
À tarde, fiz o mesmo caminho, no sentido contrário, para levantar o carro que me traria de volta...
O cenário repetiu-se:
- Pouquíssima gente na rua, lojas que em tempos foram atractivas, agora fechadas, jovens nem vê-los e quase me parecia deambular por um qualquer bairro periférico de Paris, habitado por comunidades imigrantes do Norte de África...
Foi uma enorme surpresa, pela negativa.
A Cidade da Amadora, é hoje, uma cidade morta, sem qualquer espécie de interesse, onde até um parque infantil que dantes era disputado pelos miúdos, que faziam fila para o escorrega, estava totalmente ás moscas.
Eram quatro da tarde, de um dia de sol e o centro da Cidade da Amadora era um deserto verdadeiro...aqui às portas de todos os “Simplex” que o Governo anuncia com pompa e circunstância.
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