Terça-feira, 31 de Agosto de 2010

No conforto de um abraço...

Otis Redding é um dos meus cantores favoritos. Nunca me canso de o ouvir e de saborear a sua muito espectacular voz...

Esta música e esta letra são conhecidas, de todos os que já viveram o suficiente, para passarem uma noite fantástica, na discoteca... e dançarem abraçados a alguém que amem imenso; ou de quem gostem muito.

É uma canção romântica e que convida a que nos deixemos envolver num abraço seguro e terno, deixando as coisas acontecerem, como acontecerem...

Hoje é esta a minha escolha para os visitantes deste meu blog.

Espero que apreciem e que recordem bons momentos já vividos; ou que vos aguce o apetite para outros, novos e melhores, que hão-de surgir, certamente.

- É que a vida não pára! E nós temos que acompanhar o seu ritmo, quando não vamos ficando para trás...Cada vez mais longe das evasões e dos sonhos.

sinto-me: sei lá!...ao fresco...
publicado por mcm às 17:16
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...eras todo salamaleques com as outras...

Quando te deu para seres mais esquivo, ainda, do que sempre o foras, eras também, mais "mal" comportado, ainda, do que sempre o foras. Claro que eu digo as coisas, desta forma singela, simplesmente, para te não chamar dois nomes feios:

- Não dizer que eras uma "enguia"  e um grande mal educado!

Eras uma "enguia" porque jamais te davas, por inteiro, a nada nem a ninguém... "Escorregavas" dos lugares e das pessoas, aonde deverias estar genuíno e confiável. Parecias como o óleo quando escorrega pelas frinchas de uma fechadura...

- Ninguém te segurava, nem te controlava! Eras peganhoso e imparável, porque eras dissimulado e fingido. Parecias estar, mas não estavas!

Eras também um mal educado porque, como já te disse uma e várias vezes, só eras circunstancialmente polido. Fingias uma postura cavalheiresca que não interiorizavas porque eras contra, ideologicamente falando. Era só verniz, circunstância e mais nada.

E assim, desta forma simples e nada fictícia, eu te classifico e retrato, em termos comportamentais e relaçionais, como um "homem tipicamente português".

- Eras todo salamaleques com as outras e com os outros - estranhos - e com os de casa eras um "calhorda".

Recordo agora e como exemplo que deixáste de caminhar ao meu lado. Ias sempre a correr e três passos à minha frente. Interpreto que, apesar de estarmos juntos há anos, não querias ser visto comigo para não te sentires fora do "mercado" das conquistas, que sempre pensavas alcançar como sedutor nato...

E nunca te baixavas para apanhares qualquer coisa que me tivesse caído das mãos,...

- Mas, se visses uma pessoa de fora  - mulher - a quem escapasse uma qualquer treta para o chão, tu, corrias, apressado, e apanhavas a coisa; e todo solicito e servil e a pareceres um cavalheiro sincero, lha entregavas cheio de mesuras e de sorrisos melados... E isto dava-me uma imensa revolta e vontade de te "bater".

Eu com o tempo vi que eras assim mesmo.

- Um homem que tinha uma boa cabeça, intelectualmente falando; fazia bem sexo, quando interessado no assunto; mas que, em matéria de evolução social, eras um fingido e um primário. Ou, como meio a brincar e meio a sério, em algumas circunstâncias tuas, mais "genuinas," o dizias:

- " Por algum motivo, as mulheres, acabam sempre na cozinha, aonde é o seu lugar"!...

Deixei de gostar de ti, também, por isso,... (além de todas as de mais coisas, que registo para mim, na minha cabeça.)

Eras capaz de dares flores a quem quase não conhecias; e de dares só más palavras a quem te tratava bem, todos os dias.

- Era esta a síntese da tua real natureza.

E uma mulher, evidentemente, que não gosta.

sinto-me: saudosa de gente boa...
publicado por mcm às 10:49
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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

Evasões - com dedicatória...

 

Hoje estou triste e penso em ti!

Era o dia do teu aniversário.

- Um dia, sem ninguém o querer, deixáste-nos e "voaste"- como tu dizias - "livre e feliz", lá para aonde, "não há longe nem distância"!...

Nesses céus, por andas agora - seguramente - quero que saibas que sentimos a tua falta; sentimos a, insuportável,  tua ausência; e conservamos a tua memória intacta.

Neste dia de teu aniversário "lá" aonde estiveres hoje e agora, olha-me com o teu doce e amado olhar e sopra-me um beijo...

Eu vou perceber que és tu que vens na brisa da noite quando ela me acariciar a face neste dia trinta de Agosto...

Um beijinho do meu coração para ti.

-----EU----

Ps: Este video é o teu presente.

Querias ser tanta coisas!... E também bailarina!

Foi esta a forma mais "suportável" de te mandar este beijo que não me poderás, jamais, retribuir.

Mesmo assim sabes o quanto te amo e amarei - por todos os dias que eu viva.

- "Voa livre e feliz"!

publicado por mcm às 18:18
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Éramos viciados em reconcliações...

Recordo hoje o dia, em que partiste, definitivamente!

Já outras vezes tinhas ido embora; mas, passado algum tempo, voltavas e eu dizia-te para ficares...

- Éramos ambos viciados em reconciliações!

Por uns tempos - curtos - parecíamos de novo apaixonados, de verdade.

Os momentos que então vivíamos, nessas épocas fugazes e de fugaz felicidade, eram momentos de absoluta comunhão dos corpos e espiritos dos dois... Uma fusão de ideias e de pele!

Esforçávamo-nos para que tudo corrêsse, desta nova vez, bem e para "sempre".

Tu ficavas gentil; ficavas mais pontual; ficavas menos hipocondríaco; ficavas menos impositivo; ficavas menos obsessivo; ficavas mais afectuoso, comigo.

Eu ficava-te grata; ficava menos insegura; ficava mais crente em ti; ficava mais subserviente a ti; ficava toda doçuras e afectos contigo.

Porém, passados uns dias - muito poucos dias - tudo voltava ao mesmo.

- Voltavas a chegar atrasado a tudo; voltavas às tuas constantes quezílias; voltavas aos teus intermináveis monólogos; voltavas a ser o que realmente eras. Voltavas a ser um homem dificil  de lidar.

E eu voltava a ficar, mais uma vez, desencantada e mais infeliz com a nossa relação, fracassada. Voltava aos meus silêncios e aos meus cogitares. Voltava a ter um sorriso triste, no olhar.

No dia em que partiste de vez, e para sempre, a diferença foi esta.

- Eu sabia-o, dentro de mim, que não mais te receberia de volta!

Não mais "remakes" na nossa relação falhada. Não mais do mesmo e da mesmas coisas!

Sabia que, não éramos feitos, um para o outro e sabia "o" porquê.

Sabia que, apesar de termos feito uma longa caminhada juntos, não chegaríamos, a lado nenhum, no fim, juntos, ainda.

E foi por isso que, quando naquela manhã, ainda, fizemos sexo só por sexo, eu me senti execrável e achei que nada mais entre nós poderia acontecer. Jamais!

Quando nesse dia fechaste a porta, pela última vez, eu sabia que nunca mais a voltarias a entrar.

- Eu não o queria. Não me permitiria fazê-lo!

E foi assim que reconquistei o meu equilibrio mental. Foi uma decisão dificil, mas imperativa.

- Por onde andarás agora, a espalhar os "teus"infernos?...

Terás encontrado a "tua"ilha aonde consigas viver e dar paz?

 

sinto-me: a divagar...
publicado por mcm às 10:39
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Domingo, 29 de Agosto de 2010

Democracy

Aquilo de que eu mais em Leonard Cohen?

- Não sei...

Não sei se gosto da sua "não" voz; se da sua poesia; se da sua voz e da sua poesia; se da sua figura, de homem que se deixa ver ao mundo com os danos que o tempo lhe vai fazendo; se do homem frágil, mas convincente, que temos à nossa frente, quando o vemos, ao vivo, em cima do palco!... Se,...!

Pois é, este poeta, escritor de canções e de boa música; e mensageiro de causas que todos apreciamos e defendemos - vem, por estes dias, mais uma vez, actuar em Portugal.

Aqueles que já o pudémos, e, ainda, podemos ver e ouvir, mais uma vez, sabemos que será mais uma noite, inesquecível.

Ps:

Ámen!

- Que Deus o abençõe e o preserve, para o nosso contentamento e elevação do nosso espirito, por muitos anos.

sinto-me: "benzinho"...
publicado por mcm às 17:33
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As nossas brincadeiras...

Ás vezes, e por brincadeira, dizia-te:

- Cá por coisas hoje não falo contigo!

E tu, homem possessivo e um pouco inseguro, abrias muito os olhos, e, meio a medo, perguntavas-me:

- Fiz ou disse, alguma coisa, que não devia?

Eu, que era e sou uma brincalhona, desmanchava-me a rir e respondia-te:

- Não! E é por não teres dito que me amas e é por não teres feito amor comigo, que eu, hoje, não falo contigo...

Então, tu cobrias-me de beijos; sussurravas-me palavras insinuantes aos ouvidos; voltavas a dar-me mais beijos, por todo o lado; e, tudo se passava como era previsível que se passasse: íamos para a cama e faziamos um amor muito distendido; muito relaxante; muito sublime.

- Fazíamos sexo de cinco estrelas!

No fim, tu, quando já estávamos só trocando gestos de ternura, mútua - tu, insisto - levantavas-te, de rompante e dizias-me:

- Isto foi para saberes que nunca me deves fazer ameaças!

Terás sempre o troco que mereces.

Ps:

E é por estas coisas que hoje te digo:

- Eu gostava mesmo, mesmo, muito, muito de ti!

sinto-me:
publicado por mcm às 13:33
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Sábado, 28 de Agosto de 2010

Porque hoje é Sábado...

 

Vi este filme algumas, (bastantes) vezes!

http://www.youtube.com/watch?v=zHFbhhi_XVc&feature=related

 

Há dias em que apetece revisitar os lugares, aonde fomos felizes!

- Apetece dançar; ver homens bonitos; vestir uma roupa a condizer; e, partir para os locais aonde a "vida" se desenrola.

Porque hoje é Sábado; porque já é noite; porque há muito Mundo à nossa espera;

- Nada de ficar em casa, a vegetar, em frente à televisão!

É sair; é alinhar; é cumprir uma ideia de festa; é cair no fresco, das noites ao luar de Agosto.

Estas são as coisas de que eu gosto...

- Música; dança; gente bonita e jovem; lugares animados; e, muita festa e  muita alegria de viver.

Pontes que nos retiram ao tédio e à monotonia dos dias comuns.

Evasões por todo o lado, a solicitarem-nos a nossa, real e espontânea, adesão!

 

Ps: A foto foi"captada" na net; e faz parte do "meu acervo,"  de coisas, de que gosto muitíssimo.

sinto-me:
publicado por mcm às 21:05
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Reciclei o meu coração...

Durante tantos anos que permanecemos juntos, o meu coração foi sofrendo alterações, de funcionamento...

- Até que morreu e se transformou numa pedra!

Quando te conheci o meu coração era jovem; batia em ritmo de corredor de fundo!

Depois e durante algum tempo ele deixou de bater, assim, e começou a ser um órgão que funcionava em desregulação total...

- Parecia enlouquecido!

Se estávamos alegres, ambos, ele era um coração, de novo, jovem;

Se estávamos, ambos, tristes, o meu coração ficava acelerado e com arritmias;

Se tu me desconsideravas, como habitualmente o fazias, ele ficava em ferida e a sangrar;

Se tu me mentias, mais uma vez, ele ficava em gelo, parado; e nem batia, sequer;

Se tu fingias comigo um sexo que era quase um remendo de fim de semana, ele ficava morto; e eu com ele morria, também...

Quando nos deixámos o meu coração era, literalmente, matéria inerte; indisponível para amar.

Aquele coração jovem e de manteiga que eu tinha, quando te conheci, reduziu-se a uma pedra de basalto; sem sinais vitais.

O tempo foi passando e o meu coração morto, cansou-se e ressuscitou!

Hoje que te recordo como se fosses uma paisagem lunar - antes de a NASA lá descobrir zonas geladas - o meu coração de pedra reciclou-se e já volta a bater:

- Emociona-se com as coisas belas e simples; vibra com a paixão que sinto pela vida, que me parece emocionante, outra vez; bate célere se corro para os braços do meu novo amor; enlouquece e bate desenfreado quando nos envolvemos em carícias,...

É um órgão novo e com boa saúde.

Hoje que as coisas se passam assim, como aqui te conto, sinto-me a acreditar e a confiar, nas pessoas boas, que me querem e gostam de mim.

Como vês, de um coração morto, eu ganhei forças para lhe voltar a insuflar vida.

E é por isso que te conto estas coisas e te comunico de que, com algum esforço e algum tempo, reciclei o meu coração.

Que os meus gostos; os meus sentimentos; as minhas paixões; os meus sonhos; os amores e as evasões estão de volta, para mim.

Que o meu coração morto, já não é de pedra...

sinto-me: a contar coisas...
publicado por mcm às 13:20
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Sexta-feira, 27 de Agosto de 2010

Por todos os dias que eu viva...

 

Por todos os dias que eu viva, amarei a música; os poemas; os poetas; os cantores...

Esta versão maravilhosa, de "La vie en rose," é uma bênção do céu neste fim de dia e de semana.

Louis Armstrong, o "Mágico" do Jazz e dos Blues empresta a sua voz, quente e rouca, a esta canção célebre em todo o mundo; e cantada por nomes como:

- Grace Jones; Edith Piaff; Nat King  Cole e muitos outros do mesmo gabarito artistico ...

Eu gosto de ouvir Louis Armstrong, a cantar e a tocar, para mim; e a fazer-me "voar" para outros lugares longe daqui... aonde posso ser pássaro; borboleta; flor; árvore; pedra; água...

Desejo a todos, os que por hoje por cá passarem, que apreciem, tanto como eu, esta canção; e que se evadam e vejam, que a vida pode não ser cor-de-rosa, mas tem momentos muito deliciosos e muito compensadores.

- Basta estarmos disponíveis para a descoberta e a surpresa, que existe em tudo o que nos rodeia e deixamos escapar por falta de atenção!

Bom resto de dia e boa noite de evasões para vós todos, aí.

sinto-me:
publicado por mcm às 18:25
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...penso agora nos nossos dias, fáceis!

Penso hoje em nós e nos nossos dias, fáceis!

- Aqueles dias em que nos levantávamos e deitávamos felizes e gratos, aos deuses, todos, pela nossa absoluta, conjunta e especial, felicidade.

Nesses dias, bons e suaves, pareciamos duas crianças, sôfregas, a comer; beber; esbanjar; amar,... sem barreiras nem preconceitos.

Nesses dias distantes, de gostosura e encantamento, éramos dois loucos que sabiam bem aquilo que lhes convinha - ao momento -  e daquilo que gostavam da Vida!...

Não alinhavamos por padrões ditados por outros; éramos só nós e os nossos conceitos de moral; de virtude; de bom comportamento. Não nos metiamos com ninguém; não necessitavamos de ninguém!

Fizemos de tudo nesses dias:

- Fizemos passeios, maravilhosos; tivemos conversas que eram tratados; fizemos descobertas de lugares idílicos; amámo-nos com loucura; fizemos sexo sem nos cansarmos, vezes sem conta; e o sol nascia e deitava-se, sem que entre nós dois surgisse uma única, zona de sombra...

Éramos leais; éramos autênticos; éramos compatíveis; éramos diferentes e iguais; éramos tolerantes; éramos doces; éramos a surpresa boa que cada um esperava e tinha, do outro...

Nesses dias em que a nossa vida era fácil, foi, talvez, para mim, o melhor dos tempos, de todos que já tive.

Hoje que te vejo da minha janela, esbatido e ao longe - muito ao longe - na minha memória, não sinto saudades tuas; nenhumas.

Sinto, isso sim, a falta dos tempos, com dias desses; plenos de evasões e consolos:

- Dias em que a vida me era fácil e em que eu era, chocantemente, feliz!

Sinto a falta da festa que era então a minha vida. Só isso!

sinto-me: a divagar...
publicado por mcm às 12:36
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Quinta-feira, 26 de Agosto de 2010

AS MINHAS CANÇÕES (9)

Bob Dylan é um cantor de quem muito se disse; se diz; dirá!

È um deus da música; dos poemas; das multidões; que o ouvem e escutam, como se o venerassem...

Eu amo a sua voz, rouca; amo a sua música, única; amo a sua inacessível e secreta forma de estar na vida. E adoro os seus poemas!

Hoje, para quem por aqui passar, neste canto de evasão, deixo-lhe esta versão, espectacular, de uma canção, que é um ícone dos tempos que passaram e passam por nós; de guerras sem sentido e de ganâncias desmesuradas.

- "knocking´on Heavan`s Door"

Por Bob Dylan, um criador de momentos a nunca perder; a nunca poder esquecer.

...

Mama put my guns in the ground
I can't shoot them anymore
That cold black cloud is comin' down
Feels like I'm knockin' on heaven's door
...

sinto-me: mt apressada...
publicado por mcm às 18:44
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...eras bastante doidivanas; quase patético!...

Quando comecei a conhecer-te melhor, pude verificar que fazias coisas inenarráveis!

- Eras um homem tão inteligente, por um lado; e tão estúpido por tantos outros, que chegavas a ser patético!

A partir de dada altura passaste a ser, para mim, um quase "estudo de caso".

Tu aprontavas o que aprontavas; eu, cá para mim, tentava constatar se procederias como eu acahava que, nessas circunstâncias, o farias:

- E raramente me surpreendias! Quando tinhas procedimentos miseráveis, ias até ao fundo do inferno e fazias tudo o que te desse na "mona", sem te importares com quem estava a teu lado...

Recordo aquele dia em que foramos jantar lá para os lados de Sesimbra.

Comemos, bebemos e fomos dar, depois, uma caminhada na praia.

Voltámos, passada meia hora, à marginal, em direcção ao carro, e, aí, em frente a um dos cafés, ainda abertos, desataste a correr como se te tivesse dado uma cólica intestinal e tivesses que ir rápido à "casinha"...

Fiquei cá fora a aguardar-te.

Passaram quinze minutos e tu não vinhas; entrei e coloquei-me em frente do WC na ânsia de te ver sair; passava já meia hora, e tu ainda lá dentro...

Preocupada e expectante - porque ninguém entrava nem saia - eu abri a porta...

- E, estavas enlevado a falar com alguém, com palavras derretidas e melosas - de costas para quem entrasse.

Não me viste e eu não te disse nada.

Voltei cá para fora, para o frio e o escuro da noite, e a tentar refazer-me daquilo que se estava a passar ali, connosco.

Quando passada  mais meia hora saíste de lá, disseste-me que estiveras mal disposto - mas sem grande convicção nem teatro.

E pediste desculpa pelo tempo que passara, como se tudo fosse só normal.

Eu, não te disse nada.

- Afivelei o meu ar inacessível; caminhamos para o carro, em silêncio, absoluto; encetámos o regresso.

Com o frio; a indignação; a raiva; as curvas da serra - na vinda, comecei a vomitar, a vomitar, a vomitar...

Paraste e fomos para um café para eu tomar uma água e serenar o estômago.

-  Que a Alma era impossível!

Nunca falámos disso que eu vi que fizeste; nunca soubeste que eu senti repulsa de ti; durante dias não te falei; nunca fizemos sexo nem houve qualquer intimidade entre ambos, nos tempos mais próximos; e elegi o TLM como o "inimigo" número um da nossa relação.

Quando me vias, assim, penso que lá por dentro sabias que eras tu, o motivo de eu estar tão ressabiada e distante! Penso que te questionarias sobre o que é que eu sabia, ou não sabia, para estar assim!

Mas, também, nessas alturas, e chutando a bola para cima, como era teu hábito, tu, depois, insinuavas que eu tinha um grande mau feitio. E resolvias as coisas assim!

Hoje, que me recordo de como eras um lamentável doidivanas e um patético traidor, quase me apetecia perguntar-te:

- Quem é que, dos dois, tinha mau feitio?

Mas essas disrupções, comportamentais, tuas, só me feriram durante algum tempo.

Mais para diante, considerava-te - como já acima disse e escrevi - um perfeito"estudo de caso;" e, ainda, de vez em quando, se tenho um pesadêlo em que tu entres, existe sempre, e também, um TLM.

sinto-me:
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publicado por mcm às 10:07
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