Para sentar debaixo das estrelas; dar a mão a quem gosta de nós; sonhar; deixar as coisas acontecerem...
Hoje está bom para sair e ouvir Miles Davis - no carro ou aonde der jeito.
Hoje está bom para sentirmos a música cá dentro do nosso peito e exclamar-mos em silêncio:
- De vez em quando também posso, e devo, ser muito feliz.
E se o fores ainda bem!
Cria tu as tuas situações de relax; de paz; de sintonia com o Mundo.
Vive o mais que conseguires com qualidade de vida.
Ás vezes pedias-me em tom meigo e um pouco sedutor:
- "Conta-me algumas das tuas fantasias comigo!..."
E eu fazia-me de envergonhada e atirava-te com alguns beijos, que te soprava da ponta dos meus dedos, e lá ia contando o que me passava pela cabeçinha em horas de devaneios eróticos, a dois...
Um dia contei-te que gostava de ir dançar, contigo, um slow, à beira- mar - no Guincho:
- Tu vestido de smoking; eu de fada feiticeira; uma garrafa de champagnhe no carro; e o CD de Júlio Iglésias, na posição da canção "Crazy" a tocar alto para nós dois, abraçados ao luar... e nós envolvidos na dança da dança - um com o outro - e depois na dança dos corpos que se soltam e se abraçam e se beijam e saciam,... dentro do teu carro, grande até mais não!
Eu contei-te isto mesmo e tu respondeste-me então:
- Nada que não possamos fazer um dia destes!
E, naquele dia em que fomos a uma festa chique, em que estávamos bonitos, depois, quando saímos, tu apontáste o teu carro ao Guincho e eu não perguntei nada, nada, nada... Intuí que era o "nosso momento" de fantasias eróticas, a ser por ambos assumido nesse fim de noite.
Ligáste a música com o CD do "nosso" Júlio no leitor e fomos indo pela Marginal afora...
O teu carro grande a que tu chamavas o teu "hotel de cinco estrelas portátil" levou-nos até lá e tudo se passou como eu e tu quisémos que fosse.
- Foi uma noite de poesia; romance; sexo; bebida; loucuras.
Quando regressávamos a casa, já era quase madrugada! E tu disséste-me um graçola que foi assim:
- "Crazy! Repara-me bem neste carro!... Tem tantos, tantos cavalos mas anda tão devagar que, de certeza, alguns são burros!"
Reparei, então, que estávamos ambos exaustos; e tu conduzias exageradamente devagar; talvez, ambos mortos por dormirmos um pouco.
Ainda hoje, nos momentos mais intimos e mais apaixonados, tu me chamas "Crazy" e eu te respondo:
- Como vão os teus "cavalos"?... "Burrécos" ou nem por isso?
Ambos nos rimos e continuamos na brincadeira...
São as nossas melhores evasões! São momentos plenos de prazeres.
- Crazy, às vezes, sou eu; e Crazy é a «nossa» música.
Hoje está menos calor e é o final de um mês de Julho exageradamente quente, e o ínicio de férias, para muitos.
Eu gosto de coisas desarmantes e que me deixem sem argumentos. Gosto de coisas brutais que me dêem que pensar...
- Gosto de ir ver bons teatros, com textos complexos; gosto de bons bailados, com coreografias arrojadas ou até provocatórias; gosto de cantores de canções, que sejam êxitos estrondosos, em qualquer parte do Mundo e em todo o lado onde haja gente que os ouça sem parar.
E é esse um dos motivos pelos quais deixo aqui este vídeo, esta canção e este cantor.
- Porque eu também gosto de música! Muita e boa música.
Clica e saboreia muito bem!
Hoje está menos quente; é sexta-feira; fim do mês; e há uma infinidade de coisas boas à tua espera por aí.
- Mexe-te e apanha as que puderes e gostares.
Aquilo que já viveste ninguém te tira! Ninguém te tirará.
Faz tu os teus momentos felizes, acontecerem. Mexe-te!
Há pouco ligáste-me e, ao fim de um pouco de conversa, banal, disséste-me ao que vinhas!
Disséste-me que logo, mais para o fim do dia, querias "passar" em minha casa e trazias o teu saco para passares comigo o fim-de-semana...
Eu fiquei, por instantes, calada e depois respondi-te:
- Este fim-de-semana não venhas. Estou fora.
Tu ficáste um pouco atabalhoado, com a resposta que te dei e quiséste saber coisas que, afinal, são só da minha conta.
- Indagáste aonde eu ia; com quem ia; qual o motivo pelo qual tu não foras convidado; e outros "bláblás" assim semelhantes.
Eu ia ouvindo, mexendo-me na cadeira, e, não queria, logo hoje, ficar mal-disposta contigo e partir assim, para o meu "passeio secreto e de lazer"- merecido - em ruptura contigo.
Mas tu estavas bravo e não te déste por convencido; e continuáste sempre a falar comigo, com despeito; e alguma quase indelicadeza e autoritarismo
Eu ia aguentando; segurando a raiva; enchendo a cabeça; suspirando baixinho; ia dizendo para parares.
Tu continuáste e continuáste,... e, às tantas, destapei a tampa e pronto! Disse-te a verdade: toda, assim, desta maneira rude:
- Pronto eu não vou para lado nenhum. Eu não quero, simplesmente, que venhas, este fim-de-semana, como quase sempre o fazes, para minha casa! Apetece-me estar só e sem ti. Não me apetece dormir contigo; fazer sexo contigo; ouvir-te a ressonar; sentir-te a transpirar ao meu lado; cozinhar; arrumar e desarrumar; sentir-me obrigada a ter-te ao lado e a sentir-me como uma prisioneira numa cela de prisão...
Este fim-de-semana não me sinto sexy, quanto baste, para te enfrentar, sem me sentir entediada de ti e de mim, na cama. Portanto não insistas. Não venhas. Neste momento penso assim...
- O dia ainda agora começou! Mais logo posso até pensar de outra maneira, e, se ainda estiveres por aí, talvez possamos fazer qualquer coisa juntos. Ir ao cinema; dar uma volta; apanhar um fresco à beira-rio...conversar.
Mas este fim-de-semana, em minha casa, não contes com isso.
- Não quero e não dá. Estou a ficar cansada dessa rotina. Já quase parecemos "marido e mulher"!... E sinto-me feia ao acordar.
Qualquer dia as nossas fantasias morrem e nós com elas. Pensa nisso.
Não dês cabo de tudo o que temos, de bom, um com o outro. Não estragues as nossas evasões...
- Não troques evasões e fantasias, por rotinas de fim-de-semana.
Eu amo e tenho paixão por boas vozes e pessoas de bom gosto.
António Zambujo é um Artista que preenche esses meus dois requisitos:
- Canta de uma forma aveludada e intimista poemas maravilhosos;
- Não se exibe nas revistas das estrelas, mas brilha aonde deve: em cima do palco, aonde é sempre cativante.
Hoje ouvi-o cantar na rádio e lembrei-me de o deixar aqui para os meus visitantes deste meu blog.
Ouçam, por favor, com muita atenção este poema e este senhor fadista.
- São estes os verdadeiros momentos da evasão; da escapadela até uma outra dimensão.
Quando "voltamos" à realidade, já a vida parece mais carinhosa connosco, e tudo fica em paz por alguns segundos...
Ontem estivemos ambos ao sol, na praia.
- Tu de calções eu de "quase sem nada".
A praia era sem gente e só nós, estendidos ao sol, no imenso areal, e mais o calor que não dava tréguas.
Atirámo-nos para cima da toalha, debaixo do chapéu que tu trazes sempre no porta-bagagens do teu carro e ficámos ali a flirtar e a dizer coisas sem jeito - mas que nos davam e dão prazer e nos deixam soltos e felizes.
Ontem disséste-me baixinho e com sinceridade:
- "Nem imaginas o que eu gosto de ti! Nem imaginas o que me apetece, agora, fazer contigo! Nem imaginas os "filmes" que me estão a passar pela cabeça!..."
Eu ri-me, com um sorriso maroto, e perguntei-te:
- E eu entro em alguma cena, desses teus "filmes"'?
Ao que tu me respondeste:
- "Tu és a minha protagonista e vamos agora mesmo começar a ensaiar o teu papel..."
E ensaiámos! E correu bem.
- O "filme" é para adultos.
Agora, hoje, está aqui um imenso frio ao pé de mim!
Tu não estás por perto, para abrires, para mim, o meu Sol. O meu Sol está todo encoberto por uma imensa nuvem escura!
- Será fumo? Vejo tudo tâo cinzento!
Agora já sinto o frio da tua ausência. Hoje não há praia e muito menos há sol.
A minha vida, nestes dias sem ti e sem sol, fica mesmo sem graça...
As férias são isso mesmo! Um desalinhar da "grelha" das rotinas dos sonhos, do sexo, dos corpos juntos, e das evasões.
- Do tempo sem tempo!
Hoje sinto uma imensa vontade de voar... Tenho dias assim!
Quero abrir as minhas asas e sair por aí; por esses céus afora, em busca de uma ilusão de luz intensa, que me segure e me conduza, nesse voo sem destino; sem rota; sem término.
Hoje gostava de saber voar - fisicamente saber voar - e abrir o meu peito ao vento, rasgando os céus todos que se me apresentássem pela frente, e não ter medos, nem sentir hesitações.
- Hoje; agora; mais logo; pela noite adentro; ao raiar do sol, eu gostava de voar...
Vou alindar as minhas asas prateadas; pô-las mais belas e a jeito; preparadas para qualquer oportunidade de uso.
Hoje apetece-me voar; apetece-me agarrar uma estrela; apetece-me sentar-me ao pé de uma estrela; apetece-me aninhar-me por lá, junto a ela.
Hoje só ainda voei muito baixo e muito pouco... Preciso de mais.
- De muito, muito, muito,... mais!
Hoje Sabia-me bem voar: longe e alto!
Ps:
Adoro este poema que Andrea Bocceli aqui canta - tão maravilhosamente bem - neste vídeo lindíssimo.
- Evasões ao meu alcance e ao teu dispor.
Evade-te também.
Estava muito, muito, muito,... calor!
Tu ligáste-me, eu atendi e tu comunicáste-me o seguinte:
- Estou a chegar; põe tudo como de costume; vamos fazer uma tarde de fresco.
E fizemos.
O quarto na penumbra; o ar condicionado a funcionar; a cama totalmente aberta, com os lençóis alvos postos, como gostamos ambos, que sejam; as rosas vermelhas, que me deras , uns dias antes, ainda na jarra, em cima da cómoda e a reflectirem-se na parede, em espelho, ao lado direito da cama, aonde por vezes nos olhamos,...!
Tu chegáste! Beijámo-nos logo ali, quando passáste a porta. Fomos indo, agarrados um ao outro, até ao quarto, e,... ao entardecer, quando o sol já se tinha posto e a luz escasseava, tu levantáste-te; foste ao frigorífico; tiráste uma garrafa de Sidra, bem gelada, e, depois de a abrires, viéste com ela numa mão e dois flutes na outra, e ficámos ali deitados a beberricar:
- Umas vezes, cada um do seu copo; do copo um do outro, outras; da boca um do outro, muitas,...
Por agora matámos a sede toda.
Outras vezes se repetirão com a mesma sequência. A sede nunca se pode nem deve deixar por mitigar.
- Quando ela surge, depois, bebemos sempre uma garrafa de Sidra! Ficamos leves e bem.
Somos sofisticados no antes, no durante e no depois - quase sempre.
- Fazer amor, fazer sexo, matar a sede - faz parte da vida de alguns.
São estas as evasões que nos alindam os momentos bons da vida!
Ps: Foto retirada do Igoogle.
Aqui está um homem que me impressiona pela positiva!
- Inspira-me coisas.
Canta como um verdadeiro cantor; é elegante; é do reino dos sem tempo nem idade. É um principe que se apaixonou, um dia, por uma princesa sueca e até hoje vivem juntos.
Charles Aznavour é uma lenda da canção francesa mas é Arménio.
Canta em várias línguas e ninguém como ele, canta e elogia a beleza feminina.
- "She" é a prova disso...
Amo, deveras, esta música cantada por ele. Este homem é um verdadeiro charme!
Hoje vesti-me para arrasar! Sinto-me muito «caliente»!
- Uma fera disposta a tudo. Até a arder... se tiver oportunidade.
Quando pela manhã, tomava o duche matinal, pensei nas fatiotas dependuradas no meu roupeiro e optei por vestir umas coisas que me deixaram gira e apetitosa.
Vesti umas calças de linho - mesmo linho - beges, e uma túnica, em seda, a que poderemos chamar uma "combinação" com alças, pelo joelho, e de padrão de pele de tigre, literalmente falando.
- Tenho um tigre de seda sobre a minha pele...
Compuz com umas sandálias de salto Chanel, pretas, e um colar preto, tipo anos vinte. Os brincos são os de sempre.
E aqui estou eu, com trinta e sete graus à sombra, e fresca por fora e muito caliente em todo o lado.
- Os beijos a trinta e sete graus?... Calientes.
- Os encostos a trinta e sete graus?... Calientes
- Sexo a trinta e sete graus?... Caliente, caliente, caliente...
A pessoa vira-se para fazer qualquer coisa, seja o que for, e é tudo muito suado! Muito caliente!
Acabei de entrar no meu pópó, caliente; aonde me meto toda caliente, e, até que o ar condicionado actue, tudo caliente, "inside" e outside.
Vou olhar para um homem que ache "caliente" e vou piscar-lhe o olho... a ver no que dará.
- Pode ser que refresque as ideias calientes que me toldam a visão e os sentidos, todos. Pode ser que ele até me diga que me irá incendiar!...
E eu responderei:
- Vem! Activa o "isqueiro" e deixa arder!...
Hoje evado-me por aqui. Ámanhã talvez seja diferente. Só Deus sabe!
- Caliente, assim, desta maneira, só hoje!
Caetano Veloso é um dos meus cantores de eleição.
- É um Senhor Artista que canta canções de que eu gosto até à emoção!
Esta noite ele vai estar no Coliseu de Lisboa e vai ser uma noite como só ele sabe dar-nos.
- Fantástica; romãntica; extasiante; plena; contagiante.
Esta canção é linda e encaixa, como uma luva, no meu post anterior...
- Coincidências que acontecem a quem procura os bons momentos que a vida tem e um dia os perde ou deita fora.
Os amores felizes têm sempre um tom nostálgico nas canções que os contam e cantam!
Os gostos, que dão em desgostos, são coisas que acontecem a qualquer um.
Hoje penso em ti!
Penso e recordo os tempos em que, nos dias de muito calor, íamos à praia juntos, e, entrávamos então na água, ambos e ao mesmo tempo, e, agarravas-te a mim e me dizias, com ar de galhofa, que me ias afogar, ali mesmo, à vista de toda a gente...
- E afogavas-me!
Puxavas-me para ti; estendias-te ao comprido, de costas, a boiar; e eu por cima de ti, estendida e de boca colada à tua; e, eram beijos intermináveis,... eram carícias; era o apêlo dos nossos corpos juntos ao sexo.
- E eram também as minhas costas que se queimavam, com o sol inclemente que, estando-se nas tintas para o nosso gozo absoluto do momento, continuava a brilhar e a mandar os seus raios, abrasadores, cá para baixo, indiferente a tudo e todos.
Quando tu te cansavas de nadar, de costas ou de boiar, qual navio á deriva que se vira num àpice, davas meia volta rápida e eu, em pânico e atabalhoadamente, tentava equilibrar-me e nadar... até ti.
- Tu rias; eu ria; éramos muito felizes!
À noite, quando, depois do jantar, ainda na praia, voltávamos para casa, vinhamos em silêncio, de mão dada e a ouvir música, baixinho, recordando o dia bem passado que viveramos um com o outro.
Hoje penso em ti!
Está calor; a praia está lá; tenho tempo; tenho desejo de paixão.
- Faltas tu.
Nada deu certo entre nós, a partir daí.
Foi o nosso último Verão. Os meus sentimentos por ti, agora, são outros. Todas as coisas boas acabam.
A vida é assim!
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