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- Esta conversa não me agrada!
Essa tua mania, de te levantares e começares, imediatamente, a implicar comigo é um assunto que me provoca náuseas matinais: assim como que uma «gravidez» indesejada que me perturba o dia e torna infeliz e insatisfeita.
Aquilo que me fazes sentir é isso:
- Sinto-me grávida de infelicidade e de insatisfação e mais da tua presença! Incho tanto, tanto, que um dia destes, rebento! Expludo contigo e acaba-se tudo...
Já olhaste bem para as figuras que fazes?! Com essa voz, esganiçada, tentas “admoestar-me”, assim, desta forma, que julgas autoritária:
- “Rita cala-te e ouve-me. Estás maluca? Ou tonta? Obedece-me! Ouviste? Faz o que te digo! Volta para a cama!”
Dizes estas baboseiras e ficas vermelho e fora de controlo.
- Chegas a parecer ridiculo!
E eu, para te exasperar, ainda mais, respondo-te, com voz calma, baixa e em tom de desafio:
- Pensas que és quem? Meu pai? Meu dono? E viro-te as costas e vou tomar banho e o meu pequeno-almoço e comprar o jornal...
Talvez que, quando regresse, estejas mais calmo e mais de acordo com os meus gostos: que são, neste caso, ver-te com propósitos e educado e sem exigências que não têm sentido nenhum.
- Se não te controlares, dou-te um beijo e "mando-te" embora...até que te passe, o mau feitio...
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