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- Pronto! Agora já me enervaste! Estávamos tão bem, assim, de mão dada a ver o filme, deitadinhos, aqui, no sofá da sala de visitas, e, sem eu contar, pões-te a recordar os tempos em que nos conhecemos!...
- Coisa boa de se lembrar; não fossem as tuas maluqueiras!... Recordo-me como se fosse hoje:
- Na discoteca, então muito “in”, enquanto todos dançavam na pista, e nós também, tu, que já havias tentado meter conversa comigo, (só por olhares, insinuadores...) encostaste-te a mim e meteste-me um papel na mão...
- Um pequenino papelinho, enrolado, aonde, dentro, estava o teu nome e o teu telefone... e escrito isto, assim, provocador: “call me anytime”...
E eu que sempre fui atrevida, e curiosa e mais coisas, quando pude, liguei-te e, ... como se pode constatar, até hoje, continuamos cá os dois.
Muita água já rolou debaixo «dessa» ponte... dessa noite de Carnaval! Sim era noite de Carnaval!... Mas continuamos: juntos amorosos e brigões - às vezes brigões!
Tu, quando estás para implicar, vens com essa conversa de quereres saber, se eu já fiz o mesmo com outros!...
- Ligar para eles, depois de me “catrapiscarem”! E eu que te amo e te adoro, fico para aqui calada e ansiosa e com vontade de te dizer, de uma vez para todas:
- Sim! Só que contigo foi a última!... (talvez sim, ou talvez não!)
Mas calo-me e finjo que levo para a brincadeira!
- No entanto, cá por dentro, estou a ferver contigo; pela tua insegurança e pela tua, tão certeira, adivinhação!... Pois que eu sei que tu sabes, que lá no fundo, é sempre tudo uma questão de oportunidade! Uma questão de empatia! De alma com alma!
- Quando isso acontece... o telefone pode tocar do lado de lá! Rita ligou...
Tu que és homem sabes o que fazes; e eu que sou mulher sei que não sou santa nenhuma... e andamos sempre nestas “turras”...
Até me lembra aquela canção que diz, assim, no refrão:
- “ Ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém”...
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. Primeiras chuvas de Outon...
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. Diário de Rita... o beijo...